sexta-feira, 22 de maio de 2015

Fernando de Noronha: confirmados 34 casos de dengue



O arquipélago de Fernando de Noronha enfrenta uma epidemia de dengue. Este ano, foram confirmados 34 casos da doença, enquanto no mesmo período do ano passado foram apenas 2 pacientes com dengue. Os dados representam um crescimento de 1700% de infectados, de acordo com a Vigilância em Saúde do distrito. Os registros de casos suspeitos também dispararam: enquanto em 2014 foram 6 notificações, até a sexta-feira (22) passada 160 pessoas estavam sob investigação, um crescimento de 2667%.

De acordo com o Ministério da Saúde, a incidência da dengue em Fernando de Noronha é de 1074,9 casos por 100 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que há epidemia quando um local registra ao menos 300 casos a cada 100 mil habitantes.

O governo local acredita que entre os motivos para o avanço da doença está o grande fluxo de turistas de São Paulo que visitam Noronha. “É possível que alguns desses visitantes cheguem à ilha infectados. Eles são picados pelo mosquito e a doença se propaga entre os nativos”, falou a coordenadora em Saúde do distrito, Fátima Souza. O inverno rigoroso e a água indevidamente acumulada nas ruas e quintais também favorecem a multiplicação do Aedes aegypti.

Os casos de dengue estão sendo acompanhados pela equipe do Hospital São Lucas, o único da ilha -- que fica a 300 quilômetros de Natal e a 545 km do Recife. Para o tratamento, o protocolo é o mesmo aplicado em outros locais do Brasil: hidratação e remédio de combate à febre. Nem os profissionais do setor escapam. A farmacêutica Ingrid Miranda, que trabalha na unidade de saúde, foi diagnosticada como paciente de dengue. “Eu tive dores de cabeça e no pescoço, febre e as articulações incharam. Os médicos suspeitaram de dengue, zika e até chikungunya, mas o resultado foi mesmo dengue. Eu estive doente na semana passada, mas  ainda sinto dores até hoje” falou.

A professora Erika de Albuquerque teve a dengue em uma forma mais leve. “Eu tive dores nas articulações, muita coceira e o corpo todo pintado de vermelho. Foram três dias com os sintomas, e achei que era uma alergia, porque não tenho ideia sobre onde peguei”, disse.

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