sexta-feira, 22 de maio de 2015

Cândido Mota, SP: tem maior incidência



Apesar de médico, Zacharias Jabur (PMDB) tem ideias bastante controversas em relação à doença, mesmo em meio ao pior surto da história do vírus no Estado, responsável por tornar públicos até casos de personalidades da mídia e dos esportes – e que levou sua cidade a confirmar 4.064 contaminados entre 1º de janeiro e 9 de maio. Para ele, não se deve falar sobre o assunto, a não ser quando necessário, com profissionais de saúde.

"É como se fosse um caso de AIDS. Você acaba taxando negativamente a pessoa por causa da doença. Eu nunca tive dengue, nem ninguém da minha família. Mas, caso tivesse, com certeza não falaria abertamente a respeito. E acho que ninguém deveria falar", diz Jabur. "As pessoas têm de ficar quietas. Quanto menos abrirem a boca melhor. O que deve ser feito é trabalhar, limpar quintais, fazer nebulização e incentivar a conscientização."

A opinião de Jabur é oposta à defendida por órgãos públicos de saúde, para quem a informação é a melhor forma de prevenção da doença.

Não existe uma área específica do município onde os casos tenham aparecido. Diferente da capital paulista, onde a maioria dos diagnósticos foi feitos em bairros periféricos, em Cândido Mota a epidemia não escolheu endereço. Somente na prefeitura, mais de duas dezenas de pessoas tiraram licença de seus trabalhos devido à contaminação por dengue, segundo o próprio Jabur.

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