Apesar de médico, Zacharias Jabur (PMDB) tem ideias
bastante controversas em relação à doença, mesmo em meio ao pior surto da
história do vírus no Estado, responsável por tornar públicos até casos de
personalidades da mídia e dos esportes – e que levou sua cidade a confirmar
4.064 contaminados entre 1º de janeiro e 9 de maio. Para ele, não se deve
falar sobre o assunto, a não ser quando necessário, com profissionais de saúde.
"É como se fosse um caso de AIDS. Você acaba
taxando negativamente a pessoa por causa da doença. Eu nunca tive dengue,
nem ninguém da minha família. Mas, caso tivesse, com certeza não falaria
abertamente a respeito. E acho que ninguém deveria falar", diz Jabur.
"As pessoas têm de ficar quietas. Quanto menos abrirem a boca melhor. O
que deve ser feito é trabalhar, limpar quintais, fazer nebulização e incentivar
a conscientização."
A opinião de Jabur é oposta à defendida
por órgãos públicos de saúde, para quem a informação é a melhor forma de
prevenção da doença.
Não existe uma área específica do município onde os
casos tenham aparecido. Diferente da capital paulista, onde a maioria dos
diagnósticos foi feitos em bairros periféricos, em Cândido Mota a epidemia não
escolheu endereço. Somente na prefeitura, mais de duas dezenas de pessoas
tiraram licença de seus trabalhos devido à contaminação por dengue,
segundo o próprio Jabur.
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