No Dia Nacional de Combate à Dengue,
celebrado nesta terça-feira (05), seguindo o calendário do Ministério da Saúde,
a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não realizou nenhuma ação de
conscientização ou prevenção da doença. A postura do órgão representa o retrato
da omissão do governo em garantir que este verão tenha uma incidência menor do
mosquito transmissor entre a população carioca, que todo ano sofre com os
surtos da doença.
Durante o resto do ano não deve ser
diferente. Também questionada sobre as ações previstas no combate à dengue, a
SMS não informou um cronograma de medidas preventivas nem se a rede municipal
está se preparando adequadamente para atender os milhares de possíveis
infectados durante os picos de dengue.
Já o pesquisador Ricardo Lourenço, do
Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), tem uma visão mais otimista da gestão de
saúde em relação ao controle da doença, mas assume que a situação não é
perfeita. "Há um certo investimento em relação ao controle da doença,
existe um programa nacional de controle da dengue, e o município tem que seguir
essa orientação de um comitê nacional. Existe financiamentos federais à pesquisa
de estudos da doença, é lógico que poderia ser melhor, mas dentro das
possibilidades do país, o quadro é bom", revela, levando em conta os
incentivos federais.
Para ele, as ações do governo são essenciais,
mas a população também tem que fazer a sua parte. "Trata-se de uma doença
exclusivamente vetorial, com grande ligação com o ambiente da casa, em que o
homem vive, e essa questão do controle também depende da ação do cidadão",
defende.
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