quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Paraná: cria comitê de investigação



A Secretaria Estadual da Saúde instituiu nesta terça-feira (5) um comitê de investigação das mortes causadas por dengue no Paraná. A intenção é investigar cada caso para confirmar se a doença foi a principal responsável, além de avaliar como foi a evolução do quadro clínico do paciente e a conduta de atendimento praticada.

O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, diz que toda morte por dengue é considerada evitável, mas isso não depende apenas da conduta de atendimento das equipes de saúde. "A morte por dengue ocorre por falhas na prevenção, assistência ou busca tardia por atendimento. Com essa investigação mais detalhada poderemos identificar onde ocorreu a falha e recomendar ações que corrijam esses problemas, evitando assim novas mortes", destacou.

A atuação do grupo também refletirá na qualidade dos dados disponíveis nos sistemas de informação da saúde. Muitos casos notificados ou mesmo lançados em atestados de óbitos como sendo dengue são descartados após investigações posteriores. Isso ocorre porque a dengue tem sintomas parecidos com o de outras doenças como a gripe, a leptospirose e a hantavirose, por exemplo. Além disso, há casos onde o paciente tem o vírus da dengue em seu organismo, mas morre por outras causas não relacionadas à doença.

"Orientamos que toda morte por dengue seja confirmada laboratorialmente e depois de uma avaliação clínica dos prontuários do paciente. Para isso, é preciso que haja coleta de amostras de todos os casos graves da doença", explicou o médico da Secretaria da Saúde, Enéas Cordeiro.

O novo comitê terá equipes regionais que farão a investigação das mortes diretamente nos municípios. Após o levantamento das informações, todo o caso será avaliado por uma equipe estadual que concluirá a investigação. Se a dengue for confirmada como causa principal da morte do paciente, as informações constarão no boletim informativo que é divulgado periodicamente pela Secretaria Estadual da Saúde.

As medidas de prevenção são simples, mas devem se tornar hábitos da população. Em casa, as pessoas têm que ficar atentas ao destino adequado de materiais recicláveis e outros recipientes que possam se tornar criadouros do mosquito. Já em estabelecimentos comerciais, o risco é grande de calhas, marquises e lajes acumularem água.

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