A Secretaria Estadual da Saúde instituiu
nesta terça-feira (5) um comitê de investigação das mortes causadas por dengue
no Paraná. A intenção é investigar cada caso para confirmar se a doença foi a
principal responsável, além de avaliar como foi a evolução do quadro clínico do
paciente e a conduta de atendimento praticada.
O superintendente de Vigilância em Saúde,
Sezifredo Paz, diz que toda morte por dengue é considerada evitável, mas isso
não depende apenas da conduta de atendimento das equipes de saúde. "A
morte por dengue ocorre por falhas na prevenção, assistência ou busca tardia
por atendimento. Com essa investigação mais detalhada poderemos identificar
onde ocorreu a falha e recomendar ações que corrijam esses problemas, evitando
assim novas mortes", destacou.
A atuação do grupo também refletirá na
qualidade dos dados disponíveis nos sistemas de informação da saúde. Muitos
casos notificados ou mesmo lançados em atestados de óbitos como sendo dengue
são descartados após investigações posteriores. Isso ocorre porque a dengue tem
sintomas parecidos com o de outras doenças como a gripe, a leptospirose e a
hantavirose, por exemplo. Além disso, há casos onde o paciente tem o vírus da
dengue em seu organismo, mas morre por outras causas não relacionadas à doença.
"Orientamos que toda morte por dengue
seja confirmada laboratorialmente e depois de uma avaliação clínica dos
prontuários do paciente. Para isso, é preciso que haja coleta de amostras de
todos os casos graves da doença", explicou o médico da Secretaria da
Saúde, Enéas Cordeiro.
O novo comitê terá equipes regionais que
farão a investigação das mortes diretamente nos municípios. Após o levantamento
das informações, todo o caso será avaliado por uma equipe estadual que
concluirá a investigação. Se a dengue for confirmada como causa principal da
morte do paciente, as informações constarão no boletim informativo que é
divulgado periodicamente pela Secretaria Estadual da Saúde.
As medidas de prevenção são simples, mas
devem se tornar hábitos da população. Em casa, as pessoas têm que ficar atentas
ao destino adequado de materiais recicláveis e outros recipientes que possam se
tornar criadouros do mosquito. Já em estabelecimentos comerciais, o risco é
grande de calhas, marquises e lajes acumularem água.
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