O mosquito que transmite a dengue está se
espalhando pelos Estados Unidos, mas surtos da doença são raros - estão
ocorrendo apenas em algumas áreas do país. E, agora, os cientistas estão
tentando saber o porquê disso.
A dengue é uma doença tropical que afeta 40% da
população mundial. Cerca de 300 milhões de pessoas são infectadas todo dia.
Apesar de normalmente não matar, a dengue tem uma
versão hemorrágica, que causa sangramentos e faz a pressão da pessoa cair.
Esses problemas de saúde contribuem para cera de 25 mil mortes por ano.
Cientistas estão particularmente preocupados com o
surgimento do vírus em Jenson Beach, na Flórida. Isso significa que a dengue
está se espalhando para o norte da cidade de Key West, no mesmo Estado, onde
houve um dos primeiros surtos da doença nos Estados Unidos, em 2009.
Calor e baixa umidade pode explicar surto de dengue
em algumas cidades americanas
O vírus da dengue é transmitido pelo mosquito Aedes
aegypti, que normalmente vive em regiões tropicais. Mas os cientistas acreditam
que mudanças climáticas têm feito com que os mosquitos se tornem mais comum nos
Estados do sul dos EUA.
As regiões do Central Valley, na Califórnia, e da
baía de São Francisco, por exemplo, registraram um número recorde de mosquitos
da dengue.
Em uma conferência da Sociedade Americana de
Medicina Tropical, especialistas estudaram duas cidades, a mais de 3 mil
quilômetros de distância uma da outra. O mosquito foi encontrado tanto em Key
West (Flórida) como em Tucson (Arizona), mas somente Key West teve um surto de
dengue.
Segundo a especialista, o vírus da dengue precisa
de pelo menos oito dias para ser incubado no mosquito.
"O motivo pode estar nas temperaturas de
Tucson, onde é bastante quente", disse ela. "E a umidade relativa é
tão baixa que os mosquitos podem não conseguir sobreviver nessas condições
tempo o suficiente para completar o ciclo do vírus."
Se o clima tem a sua participação nessa história,
isso deve ter impacto nos programas de controle de mosquito. Mas os cientistas
também precisam descobrir mais precisamente onde o mosquito vive.
Isso porque, como às vezes vivem bem perto das
pessoas, não podem ser tratados com inseticidas.
Para combater o mosquito, há várias iniciativas em
vigor no país. Em Key West, por exemplo, as autoridades estão planejando
introduzir mosquitos machos geneticamente modificados, fazendo com que suas
larvas não herdem determinados genes e morram antes de atingirem a vida adulta.
No entanto, outros cientistas criticam esse método
de modificar geneticamente um organismo, alegando que ele pode ser ainda mais
perigoso que a dengue.
Mosquitos modificados já são usados na Flórida para
controles de pestes e, segundo autoridades, isso não apresenta nenhum perigo
para a população.
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