segunda-feira, 18 de novembro de 2013

EUA: cientistas investigam avanço do transmissor da dengue



O mosquito que transmite a dengue está se espalhando pelos Estados Unidos, mas surtos da doença são raros - estão ocorrendo apenas em algumas áreas do país. E, agora, os cientistas estão tentando saber o porquê disso.

A dengue é uma doença tropical que afeta 40% da população mundial. Cerca de 300 milhões de pessoas são infectadas todo dia.

Apesar de normalmente não matar, a dengue tem uma versão hemorrágica, que causa sangramentos e faz a pressão da pessoa cair. Esses problemas de saúde contribuem para cera de 25 mil mortes por ano.

Cientistas estão particularmente preocupados com o surgimento do vírus em Jenson Beach, na Flórida. Isso significa que a dengue está se espalhando para o norte da cidade de Key West, no mesmo Estado, onde houve um dos primeiros surtos da doença nos Estados Unidos, em 2009.

Calor e baixa umidade pode explicar surto de dengue em algumas cidades americanas

O vírus da dengue é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que normalmente vive em regiões tropicais. Mas os cientistas acreditam que mudanças climáticas têm feito com que os mosquitos se tornem mais comum nos Estados do sul dos EUA.

As regiões do Central Valley, na Califórnia, e da baía de São Francisco, por exemplo, registraram um número recorde de mosquitos da dengue.

Em uma conferência da Sociedade Americana de Medicina Tropical, especialistas estudaram duas cidades, a mais de 3 mil quilômetros de distância uma da outra. O mosquito foi encontrado tanto em Key West (Flórida) como em Tucson (Arizona), mas somente Key West teve um surto de dengue.

Segundo a especialista, o vírus da dengue precisa de pelo menos oito dias para ser incubado no mosquito.

"O motivo pode estar nas temperaturas de Tucson, onde é bastante quente", disse ela. "E a umidade relativa é tão baixa que os mosquitos podem não conseguir sobreviver nessas condições tempo o suficiente para completar o ciclo do vírus."

Se o clima tem a sua participação nessa história, isso deve ter impacto nos programas de controle de mosquito. Mas os cientistas também precisam descobrir mais precisamente onde o mosquito vive.

Isso porque, como às vezes vivem bem perto das pessoas, não podem ser tratados com inseticidas.

Para combater o mosquito, há várias iniciativas em vigor no país. Em Key West, por exemplo, as autoridades estão planejando introduzir mosquitos machos geneticamente modificados, fazendo com que suas larvas não herdem determinados genes e morram antes de atingirem a vida adulta.

No entanto, outros cientistas criticam esse método de modificar geneticamente um organismo, alegando que ele pode ser ainda mais perigoso que a dengue.

Mosquitos modificados já são usados na Flórida para controles de pestes e, segundo autoridades, isso não apresenta nenhum perigo para a população.

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