O último boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), divulgado ontem, confirma ser esta a maior epidemia de dengue do Ceará em números absolutos. Ao todo, foram 49.304 casos da doença confirmados. Número superior ao do ano de 1994, quando foram registrados 47.789 casos. Além dos 1.254 casos de Fortaleza publicados na edição de ontem, a Sesa registrou no boletim mais 287 no interior do Estado.
Embora, de acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Manuel Fonseca, a epidemia ter acontecido durante os meses de março e abril, se for comparada aos primeiros meses do ano, a redução dos casos é significativa. Ainda conforme ele, apesar dos números absolutos dos casos confirmados de dengue em 2011 serem superiores aos de 1994, se comparado por 100 milhões de habitantes, os de 1994 ainda ficam em primeiro lugar. "Em 1994, foram registrados 732 casos por 100 mil habitantes e em 2011 temos 583,31", ressalta o médico Manuel Fonseca.
O vírus da dengue sorotipo Den-1 é responsável por 97,4% dos 49.304 casos confirmados da doença em 2011. Além do Den-1, circulam este ano no Ceará os sorotipos Den-3, reintroduzido depois de dois anos, e Den-4, presente no Estado pela primeira vez. O percentual das amostras isoladas é de 97,4% do Den-1, 1,8% do Den-3 e 0,9% do Den-4.
Quem nunca teve dengue ou aqueles que tiveram a doença provocada por outro sorotipo são os mais vulneráveis, como as crianças nascidas depois da última circulação do sorotipo reintroduzido.
De acordo com o boletim da Sesa, dos 49.304, somente 32 casos ocorreram nesta semana. Todos os outros tiveram início de sintomas em meses anteriores. Por mês, os casos confirmados estão em queda desde junho e, entre julho e setembro, o número de ocorrências é menor do que os registrados em igual período do ano passado.
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