No Brasil, todas as atenções estão voltadas para o mosquito Aedes aegypti. Ao mosquito, é atribuído o contágio de uma tríplice epidemia dos vírus que causam dengue, febre chikungunya e, mais recentemente, o zika vírus. Este, a propósito, tem causado temores, sobretudo a mulheres gestantes, por estar relacionado a caso de microcefalia em fetos – uma má-formação congênita que reduz o tamanho do crânio do bebê e que pode trazer sequelas motoras e de linguagem. A situação, no entanto, tem sido agravada em função de mal-entendidos e de informações falsas sobre prevenção e consequências da doença.
Elas não se tornam mais ou menos perigosa por isso. É uma casualidade que estamos vivendo, uma triste coincidência, que é ter os três tipos de vírus transmitidos pelo mesmo mosquito, circulando ao mesmo tempo no país. O que complica é que assim fica mais difícil o atendimento aos doentes, porque os sintomas podem ser confundidos, como no caso da dengue com o zika vírus. E em relação à chikungunya, aqueles casos mais brandos, mais leves, que também podem ser confundidos com a dengue. Mas, as medidas preventivas contra o vetor, que são os mosquitos, são as mesmas.
O erro está no modelo de desenvolvimento econômico que o Brasil adotou a 500 anos. Não é um erro do gestor atual, mas deste processo de desenvolvimento econômico, que privilegia o crescimento urbano acelerado e desorganizado sem o devido suporte dos instrumentos necessários para a tender a população, como, por exemplo, coleta regular de resíduos sólidos, fornecimento de água de modo regular para consumo doméstico e a própria distribuição geográfica de vários espaços.
Não tem como o poder público, depois de tantos anos de apartheid social que foi feito nessas favelas, manter um controle de vetor. Se você procurar uma fotografia de Paraisópolis, em São Paulo, ou da Rocinha, no Rio de Janeiro, você vai ter a clara noção de que é impossível ter um controle de vetor numa comunidade dessas. Por outro lado, nós temos que ter consciência de que estamos diante de um evento de extrema gravidade do ponto de vista de saúde pública, que poderá marcar uma geração de brasileiros, da mesma forma como marcou a poliomielite.
Se você andar pela rua, vai ver muita gente jogando descartáveis fora do lixo. Enquanto persistir isso, não tem solução. A gente tem que se conscientizar. Nós estamos brincando de controlar o Aedes aegypti nesses trinta anos que tem dengue no país. Nós estamos usando uma estratégia que não está dando certo.
Elas não se tornam mais ou menos perigosa por isso. É uma casualidade que estamos vivendo, uma triste coincidência, que é ter os três tipos de vírus transmitidos pelo mesmo mosquito, circulando ao mesmo tempo no país. O que complica é que assim fica mais difícil o atendimento aos doentes, porque os sintomas podem ser confundidos, como no caso da dengue com o zika vírus. E em relação à chikungunya, aqueles casos mais brandos, mais leves, que também podem ser confundidos com a dengue. Mas, as medidas preventivas contra o vetor, que são os mosquitos, são as mesmas.
O erro está no modelo de desenvolvimento econômico que o Brasil adotou a 500 anos. Não é um erro do gestor atual, mas deste processo de desenvolvimento econômico, que privilegia o crescimento urbano acelerado e desorganizado sem o devido suporte dos instrumentos necessários para a tender a população, como, por exemplo, coleta regular de resíduos sólidos, fornecimento de água de modo regular para consumo doméstico e a própria distribuição geográfica de vários espaços.
Não tem como o poder público, depois de tantos anos de apartheid social que foi feito nessas favelas, manter um controle de vetor. Se você procurar uma fotografia de Paraisópolis, em São Paulo, ou da Rocinha, no Rio de Janeiro, você vai ter a clara noção de que é impossível ter um controle de vetor numa comunidade dessas. Por outro lado, nós temos que ter consciência de que estamos diante de um evento de extrema gravidade do ponto de vista de saúde pública, que poderá marcar uma geração de brasileiros, da mesma forma como marcou a poliomielite.
Se você andar pela rua, vai ver muita gente jogando descartáveis fora do lixo. Enquanto persistir isso, não tem solução. A gente tem que se conscientizar. Nós estamos brincando de controlar o Aedes aegypti nesses trinta anos que tem dengue no país. Nós estamos usando uma estratégia que não está dando certo.
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