quinta-feira, 11 de maio de 2017

MS: Novo protocolo sobre microcefalia e alterações do sistema nervoso central em bebês

O Ministério da Saúde acaba de publicar a versão final do livro: “Orientações Integradas de Vigilância e Atenção à Saúde no âmbito da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional”, elaborado pelas Secretarias de Atenção à Saúde (SAS) e Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Seu objetivo principal é estabelecer procedimentos integrados para realização das ações de vigilância e atenção à saúde, visando à identificação de complicações relacionadas à infecção pelo vírus Zika e outras etiologias infecciosas, no pré-natal, parto, pós-parto e puericultura nos primeiros 3 anos de vida, bem como a promoção do cuidado adequado às crianças com alterações no crescimento e no desenvolvimento, independentemente da etiologia.

Para o secretário de Vigilância em Saúde, Adeilson Cavalcante, “esta publicação é o resultado concreto do trabalho conjunto de toda equipe técnica do Ministério, que se dedicou para construir um material que servirá para orientar as condutas da vigilância em saúde e dos serviços”. O diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT), João Paulo Toledo, destacou que “com este documento o SUS está mais forte e mais preparado para lidar com o monitoramento das alterações em crianças com infecção causada pelo vírus Zika e outras causas”.

A obra apresenta as definições atualizadas para notificação, investigação e classificação dos casos, que foram elaboradas, de forma consensuada, com representantes de Sociedades Científicas Médicas, outras instituições e especialistas convidados. Também são indicadas as novas orientações para investigação laboratorial e continuidade do cuidado na Rede de Atenção à Saúde, além de fortalecer as ações de apoio psicossocial para gestantes, famílias e crianças e, também, norteará na definição de estratégias e orientações para o planejamento reprodutivo, pré-natal, parto, nascimento, puerpério e puericultura.

A publicação, que ajudará na atuação integrada das equipes de vigilância e atenção à saúde, vem para substituir os protocolos de “Vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia e/ou alterações do sistema nervoso central (SNC)” e o de “Atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia”, ambos publicados em março de 2016.

Considerando as várias lacunas ainda existentes no conhecimento sobre a infecção pelo vírus Zika, deve ser ressaltado que as informações e recomendações agora divulgadas são passíveis de revisão no caso de incorporação de novos conhecimentos e evidências.

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