O
Ministério da Saúde acaba de publicar a versão final do livro: “Orientações
Integradas de Vigilância e Atenção à Saúde no âmbito da Emergência de Saúde
Pública de Importância Nacional”, elaborado pelas Secretarias de Atenção à
Saúde (SAS) e Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Seu objetivo principal é
estabelecer procedimentos integrados para realização das ações de vigilância e
atenção à saúde, visando à identificação de complicações relacionadas à
infecção pelo vírus Zika e outras etiologias infecciosas, no pré-natal, parto,
pós-parto e puericultura nos primeiros 3 anos de vida, bem como a promoção do
cuidado adequado às crianças com alterações no crescimento e no
desenvolvimento, independentemente da etiologia.
Para o
secretário de Vigilância em Saúde, Adeilson Cavalcante, “esta publicação é o
resultado concreto do trabalho conjunto de toda equipe técnica do Ministério,
que se dedicou para construir um material que servirá para orientar as condutas
da vigilância em saúde e dos serviços”. O diretor do Departamento de Vigilância
das Doenças Transmissíveis (DEVIT), João Paulo Toledo, destacou que “com este
documento o SUS está mais forte e mais preparado para lidar com o monitoramento
das alterações em crianças com infecção causada pelo vírus Zika e outras
causas”.
A obra
apresenta as definições atualizadas para notificação, investigação e
classificação dos casos, que foram elaboradas, de forma consensuada, com
representantes de Sociedades Científicas Médicas, outras instituições e
especialistas convidados. Também são indicadas as novas orientações para
investigação laboratorial e continuidade do cuidado na Rede de Atenção à Saúde,
além de fortalecer as ações de apoio psicossocial para gestantes, famílias e
crianças e, também, norteará na definição de estratégias e orientações para o
planejamento reprodutivo, pré-natal, parto, nascimento, puerpério e
puericultura.
A
publicação, que ajudará na atuação integrada das equipes de vigilância e
atenção à saúde, vem para substituir os protocolos de “Vigilância e resposta à
ocorrência de microcefalia e/ou alterações do sistema nervoso central (SNC)” e
o de “Atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia”, ambos
publicados em março de 2016.
Considerando
as várias lacunas ainda existentes no conhecimento sobre a infecção pelo vírus
Zika, deve ser ressaltado que as informações e recomendações agora divulgadas
são passíveis de revisão no caso de incorporação de novos conhecimentos e
evidências.
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