A Prefeitura de São Paulo diz ter registrado 38.927
casos confirmados de dengue nas 16 primeiras semanas do ano. O número é 2,7
vezes maior que o mesmo período de 2014, quando a cidade computou 14.219 casos.
Até agora, a Secretaria Municipal da Saúde confirmou oito mortes decorrentes da
doença. Outros 25 óbitos são investigados.
O bairro com mais casos é Brasilândia, que
registrou 5.076. Também estão em situação de epidemia Pari, Raposo Tavares,
Pirituba, Freguesia do Ó, Jaraguá, Cidade Ademar, Cachoeirinha, Rio Pequeno,
Perus, Limão, Parque do Carmo, Casa Verde, Pedreira, Vila Maria, Itaquera,
Jardim Ângela, São Miguel, Ermelino Matarazzo, Mooca, Penha, Aricanduva,
Jabaquara, Vila Medeiros, Vila Prudente, Jaçanã, Capão Redondo, Cangaíba, Bom
Retiro, Vila Formosa e Lapa.
Segundo o secretário-adjunto de Saúde, Paulo
Puccini, apesar do elevado número de casos, a tendência é de estabilização. Ele
apontou a constante queda nos registros entre a 12ª semana do ano (quando foram
notificados 5.953) e a 14ª (4.277). "Estabilizamos os o processo de
crescimento da dengue."
Um grupo de 50 homens do Exército passou a integrar
equipes de combate à dengue em São Paulo no fim de abril. Os soldados iniciaram
os trabalhos no bairro do Limão, na Zona Norte.
Eles fazem duplas com agentes de saúde de manhã e à
tarde para facilitar a entrada das equipes em imóveis que podem ter focos do
mosquito transmissor da doença.
A Prefeitura pediu apoio do Exército porque uma das
dificuldades que os agentes de saúde encontram nas ruas é a resistência dos
moradores. Na capital, de cada dez casas visitadas, em duas os agentes não
recebem autorização para entrar.
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