domingo, 26 de abril de 2015

Rio: dengue se alastra na cidade



As regiões do Méier e da Barra da Tijuca entraram em estado de alerta para a dengue na semana passada, segundo o Info Dengue, site que monitora os riscos de transmissão em larga escala da doença. Os dois bairros se uniram a outras cinco regiões em que já era alto o perigo de a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti se alastrar: Campo Grande, Bangu, Madureira, Bonsucesso e Zona Sul.

Parceria entre Fiocruz, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Secretaria Municipal de Saúde, analisa a situação em dez Áreas Programáticas (APs) do Rio. Atualmente, apenas três — Tijuca, Centro e Santa Cruz — estão em situação mais ‘confortável’.

O Info Dengue aglutina os números de novos casos semanais, informações climáticas e menções da doença nas redes sociais para dividir as dez regiões nas cores verde, amarelo, laranja e vermelho, que indicam risco de transmissão em ordem crescente.

Tijuca, Centro e Santa Cruz foram classificadas em nível amarelo: as condições ambientais estão propícias para propagação da doença, mas sem muitos casos. Todas as demais APs estão laranja, o que aponta crescimento moderado dos casos nas últimas semanas. Apesar da tendência de aumento no número de infectados, não há risco de epidemia para este ano.

“O crescimento dos casos veio tarde e o inverno vai interromper essa série em breve. Se a alta tivesse ocorrido em janeiro seria preocupante”, garante Cláudia Codeço, pesquisadora da Fiocruz e coordenadora do Info Dengue.

Mas antes da queda na temperatura e do período de seca do inverno, a situação na cidade ainda vai piorar, diz Flávio Coelho, professor da FGV. “Tijuca, Centro e Santa Cruz vão ter os seus níveis de alerta elevados”.

O prognóstico não pode fazer a população se descuidar da prevenção. “Temos que reduzir criadouros do mosquito em casa”, aconselha Cláudia. Segundo ela, bastam dez minutos por dia de procura por focos do inseto.

Em todo o país, foram registrados mais de 220 mil casos de dengue somente nos três primeiros meses do ano, com 52 mortes. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o Rio de Janeiro teve 3.454 pessoas infectadas até o final de março, sendo 969 apenas na capital do estado.

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