As regiões
do Méier e da Barra da Tijuca entraram em estado de alerta para a dengue na
semana passada, segundo o Info Dengue, site que monitora os riscos de
transmissão em larga escala da doença. Os dois bairros se uniram a outras cinco
regiões em que já era alto o perigo de a doença transmitida pelo mosquito Aedes
aegypti se alastrar: Campo Grande, Bangu, Madureira, Bonsucesso e Zona Sul.
Parceria
entre Fiocruz, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Secretaria Municipal de Saúde,
analisa a situação em dez Áreas Programáticas (APs) do Rio. Atualmente, apenas
três — Tijuca, Centro e Santa Cruz — estão em situação mais ‘confortável’.
O Info
Dengue aglutina os números de novos casos semanais, informações climáticas e
menções da doença nas redes sociais para dividir as dez regiões nas cores verde,
amarelo, laranja e vermelho, que indicam risco de transmissão em ordem
crescente.
Tijuca, Centro e Santa Cruz foram
classificadas em nível amarelo: as condições ambientais estão propícias para
propagação da doença, mas sem muitos casos. Todas as demais APs estão laranja,
o que aponta crescimento moderado dos casos nas últimas semanas. Apesar da
tendência de aumento no número de infectados, não há risco de epidemia para
este ano.
“O crescimento dos casos veio tarde e o
inverno vai interromper essa série em breve. Se a alta tivesse ocorrido em
janeiro seria preocupante”, garante Cláudia Codeço, pesquisadora da Fiocruz e
coordenadora do Info Dengue.
Mas antes da queda na temperatura e do
período de seca do inverno, a situação na cidade ainda vai piorar, diz Flávio
Coelho, professor da FGV. “Tijuca, Centro e Santa Cruz vão ter os seus níveis
de alerta elevados”.
O prognóstico não pode fazer a população se
descuidar da prevenção. “Temos que reduzir criadouros do mosquito em casa”,
aconselha Cláudia. Segundo ela, bastam dez minutos por dia de procura por focos
do inseto.
Em todo o país, foram registrados mais de 220
mil casos de dengue somente nos três primeiros meses do ano, com 52 mortes. De
acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o Rio de Janeiro teve 3.454 pessoas
infectadas até o final de março, sendo 969 apenas na capital do estado.
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