quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Natal: secretaria de saúde quer visitar os imóveis fechados



Como parte do programa de combate à dengue, a Secretaria Municipal de Saúde quer definir um cronograma de vistoria em imóveis que estão fechados, disponíveis para locação ou venda. Para isso, buscará apoio do Conselho de Corretores de Imóveis do Rio Grande do Norte (Creci/RN) em reunião que será realizada hoje, a partir das 15h30, na sede do conselho. Também participará o Sindicato das Empresas Imobiliárias do RN (Secovi/RN).

A intensificação desse trabalho de visitas tem o objetivo de reduzir ainda mais o número de casos da doença. Após epidemia em 2012, com 12.529 doentes em Natal; o número de infectados pelo vírus vem reduzindo a cada ano. Em 2013, caiu para 4.476, e em 2014 foram 3.068. A redução se deve à conscientização da população e às visitas dos agentes de controle de endemias, medidas que evitam a proliferação do mosquito transmissor, Aedes aegypti, que se reproduz em água limpa e parada.

“A prefeitura nos convidou para mobilizar os corretores. Eles também deverão redobrar a atenção. Na maioria das vezes, eles só abrem o imóvel quando algum cliente quer verificar. E não pode passar despercebidas situações em que há risco de foco do mosquito, como piscinas e cisternas”, diz o superintendente do Creci, Walney de Almeida.

Na reunião, as imobiliárias deverão entregar lista com todos os endereços de casas, pontos comerciais e terrenos disponíveis para que sejam feitas as visitas. Só então poderá ser feito um balanço do número de imóveis que estão nessa situação.
O acesso dos agentes sanitários a esses lugares está assegurado pela Lei Municipal 6.232 de 26/04/2011, que inclusive prevê a aplicação de multas para o não cumprimento da legislação.

O boletim nº 3 de 2015, que apresenta dados do dia 4 a 24 de janeiro, mostram que a incidência maior é na zona Oeste de Natal, principalmente no bairro Bom Pastor, com o registro de sete casos. Em toda a região, já são 26, dos 49 registrados.

Neste ano, já é registrado o crescimento dos casos com relação ao mesmo período no ano passado. Nas três primeiras semanas de janeiro, a Secretaria registrou 49, contra 33 em 2014. Mas, de acordo com Alessandre, o índice não pode ser tomado como referência, já que as condições de clima e temperatura são diferentes. “É um período curto para analisar. Essa comparação às vezes engana”, alerta.

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