Com a chegada do verão, um assunto volta a
preocupar as autoridades brasileiras: a dengue. Nessa segunda (3), foi
apresentado em Nova Orleans, em um congresso de medicina tropical, o resultado
final da pesquisa da vacina da dengue. O trabalho envolveu países da América
Latina, incluindo o Brasil. Dos mais de 20 mil participantes, 3.548 eram
brasileiros que se voluntariaram para participar da pesquisa em cinco cidades
do Brasil.
O resultado mostrou que a vacina é capaz de
prevenir em 60,8% dos casos a ocorrência de todos os tipos da dengue, o que
evita em 80% os casos de hospitalização pela doença. Ela também reduz em 95% a
ocorrência da dengue hemorrágica.
Outra ameaça discutida no congresso foi o vírus
chikungunya, também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Até o final
de outubro, o Ministério da Saúde contabilizou 333 casos de chikungunya no
Brasil, dos quais 299 foram por transmissão interna, isto é, de pessoas que
contraíram a doença no país. Alguns estados já estão sendo bastante impactados,
como Bahia e Minas Gerais.
A doença é pouco conhecida pelos americanos, mas
ocorre em regiões do sul dos Estados Unidos. O estado da Flórida e a fronteira
entre Texas e o México, por exemplo, são regiões que estão em alerta.
Esse vírus surgiu no sudeste asiático e de lá
migrou para o Caribe. Desde então, milhares de casos ocorreram na América
Central e doença se espalhou para outras regiões.
Como o vírus chikungunya é transmitido pelo mesmo
mosquito que transmite o vírus da dengue, a melhor forma de evitar a
proliferação da doença é não deixar água parada. O principal sintoma do
chikungunya é dor no corpo, que é mais duradoura que a da dengue e se manifesta
principalmente nas articulações. Em alguns casos, o infectado chega a senti-la
durante meses. Uma boa notícia é que o chikungunya não mata tanto quanto a
dengue.
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