Um balanço divulgado nesta segunda-feira pela
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo aponta que, de 1.º de janeiro a 1.º
de novembro, 27 721 pessoas foram infectadas pela dengue na capital paulista,
um número 62% superior ao do último levantamento. O número é dez vezes maior do
que o registrado em todo o ano passado, quando a cidade teve 2 617 casos, e o
mais alto da última década.
A taxa de incidência da dengue na cidade é de
246,3 casos para cada 100 000 habitantes, considerada média, de acordo com a
classificação do Ministério da Saúde. O recorde observado no ano fez com que a
secretaria decidisse criar comitês locais de prevenção em cada uma das
subprefeituras paulistanas. As instâncias terão como objetivo "fortalecer
o contato com a comunidade e o trabalho integrado nas ações de
campo".
Apesar do aumento de casos, a secretaria
afirma que, desde julho, o município está em fase de baixa transmissão. De
acordo com a pasta, 98,6% dos casos foram registrados no primeiro semestre. O
bairro do Jaguaré, na zona oeste da capital, continua sendo o distrito com a
maior incidência de dengue no ano (3 407 casos por 100 000 habitantes). Ali, 1
699 pessoas foram contaminadas desde janeiro. Em seguida, Lapa e Rio Pequeno
tiveram as maiores incidências.
Já os municípios considerados em alerta para a doença passaram de 552 para 612. Os números fazem parte do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti, o LIRAa, realizado em 1 737 municípios do país, 213 a mais do que o levantamento anterior.
As cidades classificadas como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito, e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti.
De acordo com os dados, Rio Branco é a única
capital em situação de risco, com índice de 4,2. Treze capitais
apresentaram situação de alerta (Boa Vista, Palmas, Salvador, Porto Alegre,
Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Belém e Porto Velho)
e outras onze estão com índices satisfatórios (Curitiba, Florianópolis,
Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo,
Macapá, Teresina e João Pessoa). Duas capitais (Manaus e Fortaleza) ainda não
apresentaram ao Ministério da Saúde os resultados do LIRAa.
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