O objetivo do setor de saúde é dar condições para
que agentes levem informações à população e para que formem atores ativos no
processo de controle da dengue. Esta foi a conclusão dos participantes da 14a
Mostra Competitiva da EXPOEPI, realizada em Brasília (DF), no período de 28 a 31 de dezembro de 2014.
Depois da apresentação de três experiências em São
Paulo, Minas Gerais e Porto Alegre, os palestrantes verificaram que cada
município deve adotar estratégias que proporcionem um ambiente livre de
criadouros e com condições saudáveis, repassando orientações a todos os
habitantes daquele local.
Em Sete Lagoas, Minas Gerais, o desafio é mudar a
conduta das pessoas. “Aos poucos estamos conseguindo melhorar essa realidade e
a conduta das pessoas está mudando. Em 2014 temos uma lei que determina que os
donos de locais com risco de dengue sejam multados, isso está fortalecendo nossas
ações”, explicou Maria José Lanza.
O programa Agente do Bem foi defendido por Sirlei
Campos, diretora de ensino fundamental em Bauru, São Paulo. A situação da dengue
na região é preocupante devido ao clima favorável para os criadores de mosquitos
e a experiência apresentada na 14ª EXPOEPI tem o objetivo de orientar
profissionais que atuam nas escolas municipais.
Mais de 400 trabalhadores receberam capacitação
desde 2008. O curso acontece todos os anos e os encontros são realizados uma
vez por mês, como explica Sirlei: “Durante três horas, o funcionário é
dispensado do trabalho e fica conosco. Nesse curso de formação continuada
recebe informações sobre as questões ambientais da cidade e sobre os
vetores”.
Ela reforça que os interessados podem solicitar a
participação no curso no site da Prefeitura Municipal de Bauru. “A nossa
expectativa é que outras cidades do país multipliquem ações desse porte. A questão
é dar o empoderamento para o funcionário da escola, tornando-o mais uma pessoa
preocupada com a dengue, levando informações relevantes para o bairro e para a
família.”
O enfrentamento de surto epidêmico de dengue em
2013 no bairro Partenon, em Porto Alegre, foi apresentado por Maria Elaine
Esmério, da Secretaria Municipal de Saúde. Foram eliminados 2,3 mil criadouros
e inspecionados 85% dos 1.031 imóveis que tinham foco do mosquito transmissor,
além da retirada de 80 caminhões de lixo e demolição de duas casas que
apresentavam risco de desabamento.
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