Mesmo com a estiagem que castiga a região noroeste
paulista a dengue continua preocupando a população. Em Mirassol (SP), por
exemplo, o nível de infestação do mosquito está muito alto e quando começar a
chover a doença pode avançar.
Para tentar eliminar os criadouros, todos os dias,
o mutirão da dengue percorre as ruas de Mirassol. Os agentes visitam casa por
casa e a faxineira Cléia Garcia sabe dos cuidados que precisa tomar. “Eu
procuro limpar tudo, tiro todas as coisas que possam acumular água do ar livre
e tento deixar tudo limpo”, afirma a faxineira.
No ano passado, de janeiro a setembro, Mirassol
registrou 1.492 casos de dengue, enquanto neste ano foram 31. A preocupação da
Secretaria de Saúde é manter as estatísticas controladas. Na semana passada,
foi concluída na cidade, uma pesquisa que mede o índice de infestação do
mosquito. Em relação ao número de recipientes com água parada nos imóveis, o
levantamento apontou média 3.5 quando o normal seria 1.
O trabalho de identificação das larvas é feito em
um laboratório da SUCEN, a Superintendência e Controle de Endemias. “Cerca de
90% das amostrar que chegam ao laboratório tem dado positivo para o mosquito da
dengue”, diz a diretora regional da Sucem Sirle Scander.
Mesmo com a estiagem rigorosa, os agentes continuam
encontrando possíveis criadouros porque na maioria dos casos, eles não estão no
quintal, mas dentro de casa. Isso mostra que não é preciso chover, para que a
água se acumule. Um exemplo que merece a atenção das donas de casas é o
depósito que fica atrás de algumas geladeiras.
Os ralos do banheiro, o pratinho dos vasos de flor
e até a vasilha de água do cachorro precisam ser examinados com frequência. “As
pessoas gravam mais pelo exemplo de como ser feito, então é importante a visita
dos agentes”, afirma o agente de saúde Cristina Cardoso.
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