quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Natal: 18,7% dos imóveis estão fechados



O período chuvoso é favorável ao desenvolvimento do mosquito da dengue, mas não é o único fator que levou ao registro de Índice de Infestação Predial (IIP) da cidade de Natal ao percentual de 4,1%, considerado de alto risco de transmissão da doença, conforme apresentado no último Boletim Epidemiológico da Dengue, da Secretaria Municipal de Saúde, com dados de janeiro a julho deste ano. De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses de Natal, o número de casas fechadas no último levantamento foi de 18,7% do total de 340 mil. Isso, aliado à redução de ciclos de visita aos imóveis  são fatores que dificultam a redução dos índices da doença na capital potiguar, além da falta de conscientização da população.

O coordenador municipal de controle da dengue ligado ao Centro de Zoonoses, Lúcio Pereira da Silva, explica que o primeiro ciclo de visitas dos agentes deste ano aos imóveis – que deveria durar dois meses – foi de janeiro a junho, atrasando o controle e coleta de dados para a secretaria. “Além do baixo número de pessoal, tivemos algumas paralisações de greve que atrasaram esses ciclos”, disse. Hoje, 370 agentes atendem os 36 bairros de Natal, “mas tem edital de concurso aberto para contratação de mais 275 agentes”, acrescentou Pereira. Cada um atende de 800 a 1.000 imóveis por ciclo.

A redução dos ciclos de visita e do Levantamento Rápido do Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), feitos pelos agentes, coincide com o aumento do IIP da cidade. Em 2009 e 2010, por exemplo, quando foram feitos cinco LIRAa em cada ano, o índice não passou de 3% no primeiro ano e 2,4% no seguinte (sempre com máximas no período chuvoso). Já em 2013, quando foram feitos dois ciclos, o IIP chegou a 4,4% em junho.

Ao mesmo tempo em que há atraso nos ciclos de visitas, a quantidade de imóveis classificados como “fechado” (por motivos diversos, seja desocupado ou devido o proprietário não estar em casa na hora da visita) correspondeu a 64.433 no último ciclo, encerrado dia 7 de junho. Ele explica que quando o local está fechado, é catalogado e tenta-se entrar em contato com o proprietário para visita que busca eliminar focos do mosquito.

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