A Coordenadoria de Controle de Vetores de Tambaú
(SP) vê relação entre o aumento de 63,5% no número de casos de dengue, em um
mês, e o racionamento de água que a cidade faz há quase três meses. Com água
apenas no período noturno, os moradores estão armazenando em recipientes, mas
de forma inadequada.
Segundo a Prefeitura, um a cada grupo de 96
habitantes tem ou já teve a doença. Apesar do inverno, época em que os casos de
dengue costumam cair, em Tambaú registra 247 confirmações, sendo 96 a mais que
há um mês. Os moradores não entendem o avanço da dengue já que a estiagem na
cidade já dura oito meses. “É uma coisa incrível de acontecer, porque está
havendo uma falta de água muito grande”, afirmou o vigilante André Luís Moraes.
A cidade decretou estado de emergência e feito um
pedido de ajuda ao governo do estado, por causa do baixo nível dos
reservatórios. A captação foi suspensa e a água está sendo tirada de quatro
represas particulares.
As autoridades de saúde acreditam que o
armazenamento de água em baldes, bacias e caixas de água de forma
inadequada pode contribuir para o crescimento da dengue. Se o recipiente não
for coberto, por exemplo, pode virar um criadouro do mosquito.
“Se não tiver um bom acondicionamento dessa água
pode estar agravando os casos de proliferação do Aedes aegypti. O mosquito não
fica na água, ele coloca seus ovos na lateral do recipiente. Quando a água
atinge esses ovos, eles podem eclodir, indo para larva, polpa e mosquito”,
explicou o coordenador de Controle de Vetores, Amarildo Sanches.
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