A peste, que castiga duramente a ilha de
Madagascar, onde matou 39 pessoas, segundo o ministério da Saúde malgache, é
uma doença conhecida desde a Antiguidade, provocada por uma bactéria que jamais
desapareceu da face da Terra.
O agente da "peste negra" foi
descoberto em 1894 pelo francês de origem suíça Alexandre Yersin, do Instituto
Pasteur. Por este motivo, seu nome científico é "Yersinia pestis".
A peste provocou três ondas de pandemia
(epidemia mundial), responsáveis pela morte de 200 milhões de pessoas. No
século XIV (entre 1347 e 1350), a doença matou um terço da população europeia.
Associada a condições de vida insalubres, a
peste é uma zoonose (doença animal transmitida ao homem) que costuma se
propagar do rato para o ser humano por intermédio da picada da pulga do roedor.
A peste bubônica se manifesta por febre alta
e um inchaço dos gânglios linfáticos na região da picada, que supuram e ficam
enegrecidos. Ela pode evoluir para uma septicemia (infecção generalizada), que
mata em 36 horas ou, quando a bactéria atinge os pulmões, se transformar em
peste pulmonar, mortal em três dias na falta de tratamento apropriado.
Forma mais perigosa da doença, a peste
pulmonar, muito contagiosa, se transmite por via aérea de pessoa a pessoa, pela
inalação de gotículas expelidas pelos doentes ou, em um cenário de
bioterrorismo, por aerossóis infectados dispersos por helicóptero ou um sistema
de ventilação.
Antibióticos são usados para tratar a
infecção.
Em pleno século XXI, a peste ainda causa
estragos no mundo, como demonstra o caso mais recente de Madagascar, mas também
da África (onde uma epidemia no Congo afetou os funcionários das minas de ouro
e diamantes), além de registros na Ásia - especialmente na China e no
Afeganistão -, segundo um estudo recente.
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