As epidemias de dengue de 2009, 2010, 2011 deixaram lembranças ruins nos moradores de Ribeirão Preto e um alerta para atenção em relação a criadouros do mosquito Aedes aegypti dentro de casa.
Neste ano, o número de infectados caiu, mas o Estado alerta para o risco de uma grande epidemia em 2013, principalmente pelo vírus tipo 4 que está circulando.
Na Vila Virgínia, um dos bairros mais afetados pela epidemia dos últimos três anos, é fácil encontrar quem já teve dengue. A dona de casa Maria Aparecida Mariano, 65 anos, conta que em 2009 ela, a vizinha, a nora e a esposa de outro vizinho pegaram dengue no mesmo período.
"Foi horrível. Uma semana com corpo doendo. Depois disso eu sempre olho o quintal, deixo o pessoal da dengue entrar e não deixo água parada, mas é difícil se livrar do mosquito."
A vizinha dela, Emilia Martines Mancilha, 68 anos, conta que ela e a filha pegaram dengue em 2010 e o neto em 2011. "Quase me matou. Quem teve fica na lembrança", afirma. Segundo ela, na rua Gilberto Freire quase todo mundo teve dengue. "O pessoal da vigilância vem sempre nas casas, faz o fumacê quando precisa, tem que tomar cuidado", explica.
O boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (14) pela prefeitura aponta que são 233 casos confirmados em 2012, sendo um hemorrágico e um com complicações, sem nenhuma morte. Em 2011 foram 12 mortes pela doença. Os índices de infestação da dengue também diminuíram. Só o índice de recipientes subiu de 2,02% para 2,75%, mas o índice de Breteau é de 1,88%, contra 2,33% em 2011 - o ideal é 1,0%.
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