Os casos de dengue
no Paraná tiveram uma queda em 2012, se comparado com o ano passado. De acordo
com a Secretaria Estadual de Saúde,
em 2011, 263 municípios do estado registraram infestação por Aedes aegypti. De
agosto de 2010 a julho de 2011, foram confirmados 29.207 casos de dengue no
estado. Já de agosto do ano passado até julho de 2012 foram confirmados 30
casos da doença, entre 1.370 suspeitas.
Segundo Jaime
Rocha, infectologista do Laboratório Frischmann Aisengart, apesar da importante
queda no número total de casos, ainda é cedo para comemorar um controle ideal
da doença em nosso Estado. “Basta dizer que uma importante fração desta queda
se deve ao fato de não ter circulado um sorotipo diferente de dengue e isso
implica que todos que já tiveram a doença no ano passado ou em anos anteriores
estão imunes. Imprescindível reforçar que estes pacientes estão imunes somente
contra o sorotipo que ele adquiriu
no passado”, diz. O especialista explica que quem teve dengue do tipo 3 (DEN-3)
não fará novo episódio se for exposto ao mesmo tipo, mas fará novo quadro e com
potencial de gravidade por ocasião da circulação de outros sorotipos.
Rocha descreve que
a detecção da dengue é feita por um exame clínico, baseado nos sintomas e no
exame físico do paciente, e por testes laboratoriais. Dentre os exames
laboratoriais estão: o hemograma, popularmente conhecido como exame de sangue,
que fornece informações iniciais importantes como indícios de uma evolução
desfavorável; a sorologia para dengue, que permite determinar se a pessoa
possui anticorpos contra o vírus; a tipagem do vírus, que permite determinar o
sorotipo.
O infectologista
indica que os exames laboratoriais sejam realizados a critério do médico.
Recomenda-se, entretanto, que se espere pelo menos até o quinto dia do início
dos sintomas para realizar a sorologia, já que ela depende da presença de
anticorpos contra o vírus. “Isso porque o teste IgM tem a capacidade de
detectar anticorpos anti-IgM em praticamente 80% dos pacientes com cinco dias
de doença, contados a partir do início dos sintomas, por volta de 93% dos
pacientes com seis a dez dias de doença e 99% entre dez e 20 dias”, afirma o
especialista.
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