terça-feira, 30 de outubro de 2012

Prevenir a dengue



Os casos de dengue no Paraná tiveram uma queda em 2012, se comparado com o ano passado. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, em 2011, 263 municípios do estado registraram infestação por Aedes aegypti. De agosto de 2010 a julho de 2011, foram confirmados 29.207 casos de dengue no estado. Já de agosto do ano passado até julho de 2012 foram confirmados 30 casos da doença, entre 1.370 suspeitas.

Segundo Jaime Rocha, infectologista do Laboratório Frischmann Aisengart, apesar da importante queda no número total de casos, ainda é cedo para comemorar um controle ideal da doença em nosso Estado. “Basta dizer que uma importante fração desta queda se deve ao fato de não ter circulado um sorotipo diferente de dengue e isso implica que todos que já tiveram a doença no ano passado ou em anos anteriores estão imunes. Imprescindível reforçar que estes pacientes estão imunes somente contra o sorotipo que ele adquiriu no passado”, diz. O especialista explica que quem teve dengue do tipo 3 (DEN-3) não fará novo episódio se for exposto ao mesmo tipo, mas fará novo quadro e com potencial de gravidade por ocasião da circulação de outros sorotipos.

Rocha descreve que a detecção da dengue é feita por um exame clínico, baseado nos sintomas e no exame físico do paciente, e por testes laboratoriais. Dentre os exames laboratoriais estão: o hemograma, popularmente conhecido como exame de sangue, que fornece informações iniciais importantes como indícios de uma evolução desfavorável; a sorologia para dengue, que permite determinar se a pessoa possui anticorpos contra o vírus; a tipagem do vírus, que permite determinar o sorotipo.

O infectologista indica que os exames laboratoriais sejam realizados a critério do médico. Recomenda-se, entretanto, que se espere pelo menos até o quinto dia do início dos sintomas para realizar a sorologia, já que ela depende da presença de anticorpos contra o vírus. “Isso porque o teste IgM tem a capacidade de detectar anticorpos anti-IgM em praticamente 80% dos pacientes com cinco dias de doença, contados a partir do início dos sintomas, por volta de 93% dos pacientes com seis a dez dias de doença e 99% entre dez e 20 dias”, afirma o especialista.

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