terça-feira, 30 de outubro de 2012

Madeira lembra que ataque ao Aedes aegypti é desde 2005



O Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais da Madeira, IP-RAM (IASAUDE), realça esta segunda-feira que, desde 2005, tem em campo um programa de prevenção e controlo ao mosquito "Aedes aegypti", principal transmissor da dengue, avança a agência Lusa.

Em comunicado distribuído esta segunda-feira, e numa reação às declarações à Lusa do virologista Jaime Nina, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, o Instituto refere que "desde 2005, altura em que foi detectado, na Região Autónoma da Madeira, o mosquito 'Aedes aegypti', que o IASAÚDE, IP-RAM tem trabalhado em articulação direta com o Instituto de Higiene e Medicina Tropical e com a Câmara Municipal do Funchal, no âmbito da caracterização e monitorização do vector".

"Desde 2005 que o IASAÚDE, IP-RAM, desenvolveu um programa de prevenção e controlo do vector que incluiu vigilância entomológica, combate físico (identificação e destruição de criadouros) combate químico (quatro campanhas), e um plano de comunicação visando a educação da população de modo a limitar a expansão e aumento da densidade populacional do vector", esclarece.

O IASAUDE revela que está presentemente em articulação com a Direção Geral de Saúde e o ECDC, "a estabelecer um programa de atuação de acordo com as orientações técnicas e científicas destes organismos".

"Estranha-se e repudia-se por isso, estas declarações e reafirma-se o nosso empenho na continuação do trabalho desenvolvido, em permanência com as respectivas entidades nacionais e internacionais envolvidas", conclui o comunicado.

O virologista do Instituto de Higiene e Medicina Tropical Jaime Nina afirmou esta segunda-feira que o surto de dengue, na Madeira, podia ter sido minimizada, se o Governo regional tivesse ligado aos "múltiplos avisos", feitos desde 2005, por várias entidades.

"Não se pode dizer que o governo provincial não tivesse tido tempo. Pura e simplesmente não ligaram aos múltiplos avisos, deram prioridade a outras tarefas, e agora têm um surto de dengue", disse o especialista, à margem do encontro "Biossegurança: Doenças Infecciosas, uma potencial ameaça biológica", que se realiza em Lisboa.

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