terça-feira, 3 de julho de 2012

Santos pode ter epidemia de dengue


Especialistas em dengue alertam para um risco de epidemia da doença no próximo verão em Santos, litoral de São Paulo.

O principal motivo é o fato de o inverno estar atípico, com dias de muita chuva e temperaturas altas, ambientes ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

“Existe uma possibilidade grande de epidemia independentemente dos cuidados. Com a situação atual de urbanização, com muita gente morando nas cidades, jogando lixo no meio ambiente e o consequente número de criadouros fica quase impossível erradicar o mosquito. Seria o ideal, mas é utópico”, afirma o médico Flávio Alves Faria, responsável pela Vigilância Epidemiológica da dengue na Baixada Santista.

Além das condições climáticas, ainda há o surgimento de casos do sorotipo 4, ou seja, todas as pessoas que já tiveram dengue tipo 1, 2 e 3 estão suscetíveis ao novo sorotipo. Ninguém está imune.

A médica Iraty Nunes Lima, chefe do Devig (Departamento de Vigilância em Saúde), da Secretaria Municipal de Saúde de Santos, afirma que a melhor saída é a prevenção, fazendo o controle e evitando deixar material com água acumulada. “Na outra ponta há preocupação com a assistência que será dada caso as pessoas fiquem doentes. Em Santos os profissionais de saúde recebem capacitação para estarem atentos aos sinais da doença. Além disso, UBS (Unidades Básicas de Saúde) possuem teste rápido, onde é possível detectar após 48 horas do início dos sintomas se a pessoa está doente.”

O médico Evaldo Stanislau, responsável pelo serviço de Infectologia do Hospital Ana Costa alerta para os sintomas da doença, entre eles febre; dores musculares, nos olhos e na cabeça; manchas vermelhas pelo corpo com eventual coceira. “Pessoas com esse quadro não devem se automedicar, principalmente com remédios à base de ácido acetilsalicílico e antiinflamatórios. O ideal é buscar ajuda médica.”

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