Os índices de dengue na Baixada Santista
estão acima do esperado para essa época do ano. Santos
é a cidade com o maior número de casos. Nos últimos seis meses, 304 pessoas
foram infectadas, um aumento de 145% em comparação com todo o ano passado,
quando 124 pessoas ficaram doentes.
Mesmo com a chegada do inverno, o clima
quente e o sol forte predominam em Santos, o que é ideal para a proliferação do
mosquito da dengue. As altas temperaturas fazem com que os mosquitos coloquem
os ovos onde há água parada.
A dona de casa Ângela Almeida foi uma das
vítimas do mosquito. Ela ficou internada cinco dias por causa da dengue. “A
impressão que dá é que a gente não vai sobreviver”, conta.
O médico infectologista Evaldo Stanislau diz
que os índices no inverno preocupam muito e são um alerta para o verão. O
médico aponta os dados da Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo
registrados em 2012. A regional de saúde de Santos, que responde pela Baixada
Santista, somou nas nove cidades da região, 33 mil casos da doença.
Para Stanislau, os profissionais de saúde não
estão preparados para enfrentar uma nova epidemia porque não há um plano de
ação para isso. “Mais do que combater os ovos do mosquito e treinar os
profissionais, é fazer um plano de ação para enfrentar a dengue. Dengue bem
atendida é igual a mortalidade zero”, afirma.
A Secretaria de Saúde de Santos informou que
as vistorias nas casas e em pontos estratégicos como cemitérios fazem parte da
rotina diária dos agentes. Oito mutirões nos bairros com mais casos foram
feitos neste ano e a prefeitura também tem um sistema de monitoramento, com
armadilhas de captura do mosquito. Essa medida serve para direcionar ações de
prevenção e combate à dengue.
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