terça-feira, 13 de março de 2012

No Rio de Janeiro mais de três mil casos de dengue são notificados em uma semana


A Secretaria Estadual de Saúde do Rio divulgou, nesta terça-feira, o balanço semanal de dengue no Estado. De acordo com o relatório, em uma semana foram notificados mais de três mil casos da doença. De 1º de janeiro a 10 de março foram registrados 18.779 casos. Na semana anterior (até 3 de março) o número foi de 15.146 casos.

Desde o início do ano, uma pessoa morreu vítima da doença. Um menino de nove anos morreu no mês de fevereiro no Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, Zona Oeste da cidade. No atestado de óbito, porém, a causa da morte evidencia o erro de diagnóstico: meningite bacteriana. Os pais do garoto acusam o Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, de erro, que acreditam que possa ter custado a vida do filho.

O menino foi internado na unidade às 12h do dia 2 de fevereiro, passando mal. O exame de sangue (coleta de líquor) que diagnosticou a dengue, porém, só foi feito no dia seguinte, às 10h, cinco horas antes de ele morrer.

“Não entendo por que só fizeram o exame que detectou dengue no dia seguinte. Em nenhum momento suspeitaram ser dengue. Desde o início achavam que era meningite bacteriana. Foi falta de procedimento correto. Os médicos deveriam ter pensado em outras possibilidades, e não focar o tratamento só em meningite”,desabafa Edson Ferreira de Castro Lourenço, 60, motorista, pai do garoto.

O infectologista da UFRJ Edimilson Migowski explica que algumas infecções por vírus, como a dengue, podem se agravar e evoluir para meningite viral (e não bacteriana). Mas casos assim são mais raros. Segundo ele, alguns sintomas da dengue e da meningite viral são semelhantes: dor de cabeça, febre, vômitos, dor na nuca, mal-estar. Já a meningite bacteriana apresenta sintomas parecidos, porém mais intensos.

“Tratamento não adequado pode ter influenciado no quadro da criança. É importante enfatizar que, no verão, casos com sintomas típicos da dengue devem ser tratados como tal. É através da coleta de líquor que se identifica se uma doença é causada por vírus ou bactéria”.

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