O que era previsto e anunciado, já se tornou
realidade: Araraquara acaba de registrar oficialmente o primeiro caso de
dengue. O inimigo da saúde da população voltou, assim como voltaram chuvas de
verão. Com elas, a proliferação do Aedes aegypti tornou-se realidade, uma
realidade perigosa, a qual pode levar inclusive à morte das vítimas do citado
mosquito. Apesar do insistente alerta das autoridades sanitárias, de norte a
sul do país, parece que grande parte da população, não apenas de Araraquara,
faz ouvidos moucos, finge que não ouve, finge que não vê, como se a
possibilidade de epidemia não existisse!
As consequências desse descaso já começaram a
despontar. E podem crescer, assim como o número de mosquitos, numa progressão
geométrica, incontrolável. Vale lembrar que além do descaso e da indiferença ao
alerta divulgado por todos os meios midiáticos, há outros fatos preocupantes,
como a mutação do mosquito frente aos diferentes inseticidas até então
empregados na exterminação do Aedes aegypti. Com a mutação genética do mosquito
ele tem aumentada a sua resistência frente à ação dos mesmos.
Como consequência primeira a sua proliferação
tende a aumentar, dia-a-dia, idem a propagação da dengue. Essa mutação e
consequente adaptação levaram o mosquito a se reproduzir mesmo em meios que
outrora lhes eram adversos, tais como a água suja, a água salgada, em meios
contendo graxas, assim como óleos em geral, tais como aqueles ditos
lubrificantes. O que fazer? Algumas alternativas podem ser empregadas na
tentativa de impedir a proliferação do mosquito, tais como: a substituição da
areia posta nos vasos, pela borra do café, que impediria não só a eclosão dos
ovos, mas, a transformação das larvas em seres adultos, os verdadeiros transmissores
(vetores) da dengue.
Outra alternativa refere-se ao plantio de
certas espécies vegetais, como a crotalária, a qual estimula o desenvolvimento
de libélulas, estas, predadoras naturais de larvas, não só do Aedes aegypti
como de outras espécies. Também o chá das folhas do cinamomo, planta comumente
empregada na arborização de ruas e praças, a qual tem ação repelente em relação
ao mosquito Aedes aegypti. Ainda como repelente, pode ser empregada a
citronela, a qual não deve ser confundida com o capim-cidreira, planta muito
parecida à primeira. Acrescente-se a essa lista, a andiroba. Esses dois últimos
exemplos são encontrados à venda em farmácias sob a forma de óleos ou velas
utilizados na aromatização de ambientes. Em relação às preparações à base de citronela
devemos chamar a atenção para o fato de que os seus extratos não devem ser
ingeridos, nem aplicados sobre a pele, tendo em vista que essa planta contem
substâncias fotossensibilizantes e, consequentemente, pode levar ao surgimento
de dermatites, particularmente sob a ação da luz solar.
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