quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mosquito da dengue: alternativas de Combate


O que era previsto e anunciado, já se tornou realidade: Araraquara acaba de registrar oficialmente o primeiro caso de dengue. O inimigo da saúde da população voltou, assim como voltaram chuvas de verão. Com elas, a proliferação do Aedes aegypti tornou-se realidade, uma realidade perigosa, a qual pode levar inclusive à morte das vítimas do citado mosquito. Apesar do insistente alerta das autoridades sanitárias, de norte a sul do país, parece que grande parte da população, não apenas de Araraquara, faz ouvidos moucos, finge que não ouve, finge que não vê, como se a possibilidade de epidemia não existisse!

As consequências desse descaso já começaram a despontar. E podem crescer, assim como o número de mosquitos, numa progressão geométrica, incontrolável. Vale lembrar que além do descaso e da indiferença ao alerta divulgado por todos os meios midiáticos, há outros fatos preocupantes, como a mutação do mosquito frente aos diferentes inseticidas até então empregados na exterminação do Aedes aegypti. Com a mutação genética do mosquito ele tem aumentada a sua resistência frente à ação dos mesmos.

Como consequência primeira a sua proliferação tende a aumentar, dia-a-dia, idem a propagação da dengue. Essa mutação e consequente adaptação levaram o mosquito a se reproduzir mesmo em meios que outrora lhes eram adversos, tais como a água suja, a água salgada, em meios contendo graxas, assim como óleos em geral, tais como aqueles ditos lubrificantes. O que fazer? Algumas alternativas podem ser empregadas na tentativa de impedir a proliferação do mosquito, tais como: a substituição da areia posta nos vasos, pela borra do café, que impediria não só a eclosão dos ovos, mas, a transformação das larvas em seres adultos, os verdadeiros transmissores (vetores) da dengue.

Outra alternativa refere-se ao plantio de certas espécies vegetais, como a crotalária, a qual estimula o desenvolvimento de libélulas, estas, predadoras naturais de larvas, não só do Aedes aegypti como de outras espécies. Também o chá das folhas do cinamomo, planta comumente empregada na arborização de ruas e praças, a qual tem ação repelente em relação ao mosquito Aedes aegypti. Ainda como repelente, pode ser empregada a citronela, a qual não deve ser confundida com o capim-cidreira, planta muito parecida à primeira. Acrescente-se a essa lista, a andiroba. Esses dois últimos exemplos são encontrados à venda em farmácias sob a forma de óleos ou velas utilizados na aromatização de ambientes. Em relação às preparações à base de citronela devemos chamar a atenção para o fato de que os seus extratos não devem ser ingeridos, nem aplicados sobre a pele, tendo em vista que essa planta contem substâncias fotossensibilizantes e, consequentemente, pode levar ao surgimento de dermatites, particularmente sob a ação da luz solar.

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