quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Carnaval aumenta preocupação com a dengue


A estiagem favorece, na medida em que diminui a oferta de água limpa parada, mas as pessoas não podem relaxar nos cuidados: é preciso manter a vigilância em casa e nos quintais para evitar focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. As chuvas que caíram elevaram o risco de transmissão da doença em Montes Claros, como mostra o LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) realizado no início de janeiro, pelos técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde. Eles constataram que o índice de infestação do Aedes subiu de 1,7% (números de outubro/2011) para 6,4%, o que caracteriza situação de alto risco para transmissão da dengue na cidade.

A situação permanece preocupante, apesar da estiagem, informa Jeziel de Quadros, chefe do CCZ, destacando que o período de Carnaval também é motivo de preocupação.

As pessoas viajam muito nessa época, ficam sujeitas à contaminação e podem trazer a dengue quando voltam, explica o técnico, lembrando ainda de uma preocupação extra: a chegada do vírus tipo 4 a Minas Gerais. A secretaria de Estado da Saúde confirmou o primeiro caso de dengue causado pelo novo vírus, em Frutal, no Triângulo Mineiro. Investigações mostraram que a paciente, de 62 anos, foi infectada no próprio município. Significa que o mosquito está se deslocando e pode chegar a qualquer região do Estado.

A preocupação com uma eventual epidemia é recorrente. As autoridades da área de Saúde confirmam que o vírus tipo 4 não é mais perigoso do que os sorotipos 1, 2 e 3; apresenta os mesmos sintomas que os demais, como dores de cabeça e no corpo, febre, diarréia e vômito, e o tratamento também é igual. O problema em relação ao tipo 4 é que o vírus não circulava há vários anos no País e a população não tem imunidade contra ele. Logo, há risco de epidemia onde esse vírus proliferar.

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