quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Acre: notificações de dengue caem quase 90%


O perigo está no ar, nas caixas d’água sem tampa, nas embalagens de sorvete, garrafas pet, tampas de pasta de dengue, atrás da geladeira, nos vasos de plantas, piscinas sem uso, pneus abandonados, calhas de telhado. A grande maioria sabe de cor onde se escondem larvas e por onde circula o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A informação é bem mais difundida do que se pensa e talvez isso explique o baixo índice de notificações registradas na quinta semana epidemiológica de 2012, de 2 a 8 de fevereiro, quando o número de casos suspeitos correspondia a  89,7% menos do que fora verificado no mesmo período em 2011.
As autoridades de saúde de todas as esferas de governo alertam que não é momento de comemoração. Na terça-feira, 14, o Ministério da Saúde divulgou a lista com os 17 Estados e 91 municípios brasileiros com risco de surto de dengue, ao mesmo tempo em que apresentou índices positivos em relação ao ano anterior. O número de casos de dengue notificados neste início de ano é 62% menor que em 2011. O Acre não foi citado entre os que estão com risco de surto de dengue, mas ainda apresenta um Índice de Infestação Predial (IIP) acima de 10,08%, dez vezes mais que o mínimo preconizado pelo Ministério da Saúde, de 1%.

"Em virtude do alto índice de infestação predial, não podemos baixar a guarda contra a dengue, vamos continuar monitorando as notificações e trabalhando formas estratégicas para diminuir esse número" disse Alissandra Araújo dos Santos, gerente da Divisão Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde.

Apesar da quantidade de ações empreendidas pelo governo do Estado, como a parceria entre secretarias e servidores públicos, do Ministério Público do Estado, com a expedição de notificações a donos de empreendimentos comerciais ou terrenos particulares baldios do trabalho minucioso dos agentes de vigilância epidemiológica e de saúde, das atitudes proativas de setores da iniciativa privada, da contribuição da população com vistorias regulares, não é hora de descanso. “As chuvas causam o aumento da quantidade de acúmulo de água e de possíveis focos de larvas e mosquito”, lembra Araújo.

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