O perigo está no ar, nas caixas d’água
sem tampa, nas embalagens de sorvete, garrafas pet, tampas de pasta de dengue,
atrás da geladeira, nos vasos de plantas, piscinas sem uso, pneus abandonados,
calhas de telhado. A grande maioria sabe de cor onde se escondem larvas e por
onde circula o mosquito Aedes aegypti,
transmissor da dengue. A informação é bem mais difundida do que se pensa e
talvez isso explique o baixo índice de notificações registradas na quinta
semana epidemiológica de 2012, de 2 a 8 de fevereiro, quando o número de casos
suspeitos correspondia a 89,7% menos do que fora verificado no mesmo
período em 2011.
As autoridades de saúde de todas as esferas
de governo alertam que não é momento de comemoração. Na terça-feira,
14, o Ministério da Saúde divulgou a lista com os 17 Estados e 91 municípios
brasileiros com risco de surto de dengue, ao mesmo tempo em que apresentou
índices positivos em relação ao ano anterior. O número de casos de dengue
notificados neste início de ano é 62% menor que em 2011. O Acre não foi
citado entre os que estão com risco de surto de dengue, mas ainda apresenta um
Índice de Infestação Predial (IIP) acima de 10,08%, dez vezes mais que o mínimo
preconizado pelo Ministério da Saúde, de 1%.
"Em virtude do alto índice de infestação
predial, não podemos baixar a guarda contra a dengue, vamos continuar monitorando
as notificações e trabalhando formas estratégicas para diminuir esse
número" disse Alissandra Araújo dos Santos, gerente da Divisão
Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde.
Apesar da quantidade de ações empreendidas
pelo governo do Estado, como a parceria entre secretarias e servidores
públicos, do Ministério Público do Estado, com a expedição de notificações a
donos de empreendimentos comerciais ou terrenos particulares baldios do
trabalho minucioso dos agentes de vigilância epidemiológica e de saúde, das
atitudes proativas de setores da iniciativa privada, da contribuição da
população com vistorias regulares, não é hora de descanso. “As chuvas causam o
aumento da quantidade de acúmulo de água e de possíveis focos de larvas e
mosquito”, lembra Araújo.
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