Há 25 anos, o Estado do Ceará notifica e confirma casos de dengue e, desde então, já enfrentou cinco epidemias. No entanto, 2011 foi o ano da quinta e mais devastadora delas, tanto em número de pessoas que contraíram a doença quanto na quantidade de óbitos.
O último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) de 2011 confirma um total de 55.736 casos e 61 mortes. Em 2010, foram registradas 14 mortes pela doença. No ano passado, até o dia 3 de dezembro, foram 60 óbitos. Ou seja, houve um aumento de 328,6% mortes. Tal crescimento deixou o Ceará atrás apenas do Maranhão, que, de acordo com o Ministério da Saúde, teve uma variação de 350% de um ano para o outro.
Combate
Mesmo sem ter municípios no mapa de risco da dengue para 2012, balanço realizado pelo Ministério da Saúde em dezembro do ano passado, aponta o Ceará como o segundo Estado com maior variação em número de vítimas de 2010 para 2011.
Mesmo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) 2011 mostrando que Fortaleza, Sobral, Maracanaú, Crato, Juazeiro do Norte estão com índice menor que 1%, o recomendado. No entanto, o reforço financeiro para prevenção e combate à doença em 2012 já foi repassado pelo órgão.
O Ministério da Saúde aprovou 47 projetos municipais de enfrentamento à dengue, que garantirão ao Ceará um adicional de R$ 5 milhões.
Já o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, investiu cerca de R$ 300 mil na aquisição de 100 máquinas fumacês portáteis para aplicação de inseticida para combater o mosquito transmissor da dengue em todo o Ceará.
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