Parte dos 622
motoristas que recebem salários em casa, sem trabalhar, em vez de prestar
serviços em ações de combate à dengue para a Covisa (Coordenação de Vigilância
em Saúde), órgão da Secretaria Municipal de Saúde, está agora sendo demitida
por justa causa.
É mais um
capítulo na guerra envolvendo a Prefeitura e duas empresas que disputam um
contrato milionário para fornecimento de 622 motoristas, veículos e combustível
para diversos atendimentos de saúde, como desratização e fiscalização sanitária
de restaurantes.
O secretário de
Saúde, Januário Montone, acusa a empresa Brasil Dez, que detém o contrato com a
Prefeitura, de fornecer apenas cerca de 180 veículos, menos de 30% do previsto.
“Das 290 peruas, só tem 33”. Afirma Montone, que informou ser obrigado a usar
veículos municipais para os serviços da Covisa. Ele defende o
cancelamento da licitação.
A
Prefeitura rescindiu em outubro o contrato com a Brasil Dez e a TB passou
a realizar os serviços, mas em dezembro uma decisão do STJ (Superior Tribunal
de Justiça) fez os trabalhos voltarem para a Brasil Dez. “Eu teria o maior
prazer de declarar a inidoneidade da empresa”, disse Montone. “Mas ela tem
respaldo do contrato.”
A Promotoria de
Direitos Humanos, do Ministério Público, abre inquérito civil nesta sexta-feira
para investigar o combate à dengue em São Paulo. O vereador Carlos Neder (PT)
fará representação ao Tribunal de Contas do Município. “Há falta de controle
das autoridades e uma endemia da doença”, afirmou ele.
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