sábado, 14 de janeiro de 2012

Na guerra da dengue, demissões por justa causa


Parte dos 622 motoristas que recebem salários em casa, sem trabalhar, em vez de prestar serviços em ações de combate à dengue para a Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde), órgão da Secretaria Municipal de Saúde, está agora sendo demitida por justa causa.
É mais um capítulo na guerra envolvendo a Prefeitura e duas empresas que disputam um contrato milionário para fornecimento de 622 motoristas, veículos e combustível para diversos atendimentos de saúde, como desratização e fiscalização sanitária de restaurantes.

O secretário de Saúde, Januário Montone, acusa a empresa Brasil Dez, que detém o contrato com a Prefeitura, de fornecer apenas cerca de 180 veículos, menos de 30% do previsto. “Das 290 peruas, só tem 33”. Afirma Montone, que informou ser obrigado a usar veículos municipais para os serviços da Covisa. Ele defende  o cancelamento da licitação.

A Prefeitura  rescindiu em outubro o contrato com a Brasil Dez e a TB passou a realizar os serviços, mas em dezembro uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) fez os trabalhos voltarem para a Brasil Dez. “Eu teria o maior prazer de declarar a inidoneidade da empresa”, disse Montone. “Mas ela tem respaldo do contrato.”

A Promotoria de Direitos Humanos, do Ministério Público, abre inquérito civil nesta sexta-feira para investigar o combate à dengue em São Paulo. O vereador Carlos Neder (PT) fará representação ao Tribunal de Contas do Município. “Há falta de controle das autoridades e uma endemia da doença”, afirmou ele.

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