O Rio de
Janeiro é hoje o campeão mundial em casos de letalidade por dengue (3% dos
casos). A média nacional é de 2% e a OMS (Organização Mundial de Saúde) aceita
que esse percentual chegue a 1%. Com o agravamento da epidemia, há uma grande
mobilização das autoridades públicas e da iniciativa privada no combate à
doença. Começa hoje a segunda etapa do projeto de capacitação das emergências
dos hospitais particulares do Rio para atender os casos de dengue, numa
parceria entre a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) e o
Movimento Junta Rio pela Saúde.
Será
testado um projeto piloto de monitoramento dos casos suspeitos, por meio de
envio de SMS, para sensibilização do paciente de retorno ao hospital após a
primeira consulta. Geralmente, depois da visita ao médico, não tendo mais
observado febre e outros sintomas, o paciente costuma não retornar à unidade
hospitalar. O que pode acontecer nesse período assintomático é a evolução
silenciosa da dengue. Quando há o retorno ao hospital, o estágio está mais
avançado e pode se agravar até o óbito. Para monitorar, alertar e lembrar o
paciente do retorno, será enviada a mensagem de texto no celular.
Posteriormente, se ainda assim ocorrer negativa de retorno, haverá uma equipe
de call center que entrará em contato fazendo a busca do paciente.
No
programa de capacitação, já foram treinados cerca de 300 médicos e enfermeiros
de 55 hospitais do Rio e da Baixada, resultando na cobertura de 51% dos
hospitais privados do município do Rio, o que representa 73% dos leitos. Mais
quatro turmas serão treinadas ao longo desta semana. A capacitação é feita em
parceria com Centro de Treinamento Berkeley, pioneiro no ensino de simulações práticas
de capacitação médica no País.
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