sexta-feira, 24 de março de 2017

Casos de dengue, zika e chikungunya diminuem em 2017 no Brasil

No início de 2017, ao contrário do que os epidemiologistas diziam, os casos de zika, de chikungunya e de dengue diminuíram no Brasil. O surto de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti não aconteceu. Mas é fundamental que a gente não relaxe nas medidas de combate ao mosquito.

O clima pode ter ajudado. Choveu menos que o esperado. Mas um especialista diz que o surto de 2016 também contribuiu. Muitas pessoas ficaram doentes e provavelmente ficaram imunes, não terão mais nem zika nem chikungunya.

“Se cria uma imunidade de rebanho. O que é isso? É uma quantidade grande de pessoas que tiveram infecção sintomática ou assintomática e que estão protegidas e, com isso, as infecções que elas recebem, as reinfecções, elas não se manifestam. E dessa forma, o vírus não tem condição de se espalhar, de se disseminar”, explica o epidemiologista Pedro Tauil, da UnB.

Com a dengue é diferente. São quatro tipos de vírus e podemos pegar os quatro. Mas o número de casos de dengue também diminuiu. Foram quase 50 mil casos prováveis da doença. Uma redução de 90% em comparação com 2016.

Mas a gente tem certeza, os mosquitos são pequenos, é até difícil de mostrá-los. Mas como são perigosos: se reproduzem com uma facilidade enorme e aí não tem jeito. O surto não aconteceu, ainda bem, mas não dá para relaxar.

“É possível que nos próximos verões, se a gente ainda tiver mais chuva e não houver um bom controle do mosquito, a gente tenha um surto de chikungunya. A mesma coisa com dengue”, diz, os infectologistas.

“A luta contra o Aedes aegypti precisa continuar. Quer seja pelos métodos tradicionais de educação, de melhorias do saneamento, de condições adequadas nas habitações. Além desses, nós estamos buscando inovações para aprimorar o controle desse mosquito”, afirma Pedro Tauil.

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