O teste rápido da chikungunya, desenvolvido por um laboratório público da Bahia, recebeu, nesta segunda-feira (5), registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para produção e distribuição. O exame é inédito no país e permite, com algumas gotas de sangue, a detecção da febre chikungunya.
Todo o trabalho de desenvolvimento do exame foi realizado pela Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma).
Com a liberação da Anvisa, qualquer ente público do país pode adquirir o teste, que é capaz de detectar a doença nos primeiros dias de infecção, por meio da identificação da presença de anticorpos M (IgM) no organismo. O resultado sai em 20 minutos, com taxa de precisão de 95%. Hoje, os exames feitos para detectar a doença são laboratoriais e o prazo para confirmação dos casos suspeitos pode durar semanas.
O teste é feito com um kit composto por um sistema de leitura acoplado a um smart reader, espécie de smartphone específico para a função. Com o uso de um reagente, o equipamento mostra se o exame é ou não positivo. A pesquisa começou a ser desenvolvida em 2015.
O exame ainda não está disponível na rede pública de saúde da Bahia. A Secretaria da Saúde da bahia (SESAB) informou que a aquisição do produto por parte da instiuição está em fase de análise. Conforme a Bahiafarma, a primeira venda do produto é negociada e pode ser fechada ainda nesta semana. O nome do solicitante foi preservado. Cada kit custa em médoa R$ 40.
Só em 2016, a Bahia registrou, até 16 de agosto, 46.778 casos suspeitos de chikungunya. Dos 315 municípios que registraram a doença, Itabuna, Itaberaba, Jaguarari e Cansanção concentram 41,75% das notificações.
De acordo com a fundação, esse é o primeiro teste rápido nacional que obteve autorização da ANVISA para ser produzido e comercializado no país. O exame detecta a doença em qualquer fase, porque faz o diagnóstico por meio dos anticorpos desenvolvidos pelo corpo da pessoa infectada.
O teste rápido foi desenvolvido por meio de parceria entre a Bahiafarma e a empresa sul-coreana Genbody. A pesquisa durou dez meses. Até esta segunda-feira (5), conforme a Bahiafarma, o kit do teste não havia sido comprado por nenhuma instituição pública do país.
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