quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Microcefalia pode está associado à dengue



A secretaria de Saúde de São Vicente, no litoral de São Paulo, comunicou o Ministério da Saúde sobre o caso de um bebê que nasceu na cidade, na última sexta-feira (20), com microcefalia. A suspeita é que a má formação, que faz com que o bebê nasça com o crânio menor do que o normal, possa ter relação com a dengue, já que a mãe da criança disse aos médicos ter contraído a doença no quarto mês de gestação.

A secretaria municipal de Saúde, no entanto, afirma que não encontrou no prontuário e no pré-natal da gestante, nenhum exame relacionado à dengue, a má formação pode ser decorrente de vários fatores e será investigada pelo Ministério da saúde.

Já o recém-nascido segue recebendo acompanhamento médico na maternidade municipal, que fica Hospital São José, em São Vicente. Este é o quarto caso de microcefalia na cidade neste ano.

A microcefalia chamou a atenção do Ministério da Saúde, depois de um surto registrado na região Nordeste do país, supostamente causado pela infecção por Zika vírus, que é alvo de investigações e estudos por parte da agência de Saúde. O mosquito Aedes aegypti é responsável por transmitir dengue, chikungunya e Zika.

O estado de Pernambuco é o que possui o maior número, são 487. Em seguida estão os estados de Paraíba (96), Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9), Bahia (8) e Goiás (1).

A suspeita de infecção pelo mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir dengue, chikungunya e Zika, ganhou força depois que o laboratório Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, do Rio de Janeiro, concluiu a presença do vírus Zica em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia por meio de exames de ultrassonografia.

Em nota, o Ministério da Saúde pondera que, apesar de ser um achado científico importante, "os dados atuais não permitem correlacionar inequivocadamente, de forma causal, a infecção pelo Zika com microcefalia". As causas da doença ainda estão sendo investigadas por outras instituições.

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