O Ceará registrou nos sete primeiros meses de 2015
mais que o dobro de casos de dengue que os confirmados em todo o ano de 2014.
Os dados da última semana epidemiológica, divulgados ontem em boletim pela
Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), indicam que o Ceará confirmou 37.601
casos de dengue. O número já representa aumento de 106% em relação aos 12 meses
do ano anterior, que foi de 18.243 casos. Somente em Fortaleza estão
concentrados 50,5% (18.955) dos casos de todo o Estado em 2015.
O boletim aponta o registro de 613 casos graves da
doença no Estado, sendo que 34 evoluíram para óbitos - 14 deles na Capital.
Outras 37 mortes ainda estão sendo investigadas. Ao contrário de 2014, em que
três sorotipos da enfermidade circulavam, em 2015 o sorotipo 1 (Denv-1) é
responsável por 97,6% do casos. Esta é uma das explicações dadas pelo técnico
da Célula de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, Osmar
do Nascimento, para o elevado número de casos este ano.
“Fortaleza apresentou média de 650 casos a cada 100
mil habitantes. Quando esse número ultrapassa 300 casos, é considerado
epidemia. E um dos fatores é que o sorotipo 1 não circulava nesta proporção
desde 2011, o que permitiu que a população ficasse descoberta”, aponta,
explicando que, ao contrair um dos tipos da doença, a pessoa adquire imunidade
para apenas aquele tipo.
No Estado, o titular da SESA, Henrique Javi,
adianta que já começa a planejar as ações para 2016. “Neste segundo semestre,
vamos destacar as melhores práticas - porque nós tivemos municípios com índices
zero de dengue - para difundí-las nos demais municípios. Nossa equipe está toda
voltada para garantir que teremos melhores resultados que 2015”, garante.
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