O aumento de casos de dengue no Rio de
Janeiro, em 2015, se deve à volta do vírus Tipo 1, explicou o subsecretário de
Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe. O número de pessoas suspeitas de dengue
é de 48.797, seis vezes maior do que os casos registrados em 2014.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde,
apesar do número elevado, não há risco de epidemia. O subsecretário esclareceu
que o aumento de doentes em relação a 2014 ocorre pela reintrodução do vírus
Tipo 1, no interior do Rio, principalmente no Norte e Noroeste. São quatro
tipos de vírus em circulação e os surtos ocorrem em ciclos, acrescenta.
De acordo com Chieppe, a alternância de
circulação dos tipos de vírus da dengue contribui para que alguns anos tenham
taxas mais elevadas. A circulação dos quatro vírus em ação "acaba por
tornar uma parte da população imune, o que justifica termos anos com maior
intensidade de transmissão", ressaltou.
Em 2013, ano em que a doença foi considerada
uma epidemia no Rio, 217.977 casos foram confirmados. Naquele ano, foram 60
óbitos, ante 10 até agora. Em 2014, quando circulou o vírus Tipo 4, que já
havia aparecido em 2012 e 2013, o número de doentes chegou a 7.819.
Em todo o país, o Ministério da Saúde
contabiliza 1.174.110 casos suspeitos de dengue, sendo 755.537 na Região
Sudeste, que é a mais populosa. O estado de São Paulo tem mais da metade dos
pacientes com suspeita de dengue na região, com 553.756 casos, seguido de Minas
Gerais, 147.764. A maior incidência, por causa das temperaturas mais altas,
ocorreu em abril, segundo boletim mais recente.
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