quarta-feira, 27 de maio de 2015

Natal: notificações desaceleram na capital



A incidência de dengue sobre a população de Natal desacelerou pela quarta semana consecutiva. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado ontem (26) pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESAP) entre os dias 9 e 16 de maio foram registrados, em Natal, 422 novos casos suspeitos, contra os 712 registrados na semana anterior (de 2 a 9 de maio). Apesar disso, a epidemia ainda não pode ser considerada controlada no município. Em todo o Estado, segundo a SESAP, houve um crescimento de 277,70% em relação ao mesmo período do ano passado.

Este ano, já são 19.153 pessoas com suspeitas de dengue desde o dia quatro de janeiro deste ano no RN. São 1.810 casos a mais que o registrado no boletim epidemiológico divulgado no último dia 9 de maio. Do total, 2.480 casos suspeitos foram confirmados por exames laboratoriais. O ranking das cidades com maiores pacientes suspeitos manteve-se inalterado, embora todas as cinco primeiras colocadas tenham notificado novos casos. O boletim da SESAP não informa se o registro de novos casos está em tendência de alta ou de baixa em comparação com semanas anteriores de 2015.

Na capital, é preciso esperar para ter a epidemia tecnicamente controlada na capital. Nas três semanas anteriores, mesmo em queda, a incidência de dengue na cidade se manteve acima do limite máximo esperado (calculado a partir da média dos picos de dengue nos últimos dez anos, excetuando-se os anos de epidemia). Só no atual boletim da dengue, mostrou-se que a incidência está abaixo dessa linha máxima.

Para se consolidar uma situação sob controle, é necessário que a incidência de dengue na população fique por três semanas consecutivas abaixo do limite máximo esperado. Na avaliação da coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Natal, Aline Bezerra, essa redução se deve a vários fatores, inclusive de saturação da epidemia.

“Há um declínio natural da doença. Mas isso também é fruto do trabalho que os agentes de endemias - que não são suficientes para toda Natal e fizeram o possível e o impossível - tem feito têm feito no território e da conscientização da população. Agora a população meio de acordou. De maneira geral, as pessoas tem que se educar”, avaliou.

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