O auxiliar de cozinha Eli Filho Cardoso da Silva,
de 26 anos, morreu com suspeita de dengue, em Aparecida de Goiânia no domingo
(26). Segundo parentes, essa era segunda vez que ele tinha contraído a doença.
Para a família, o quadro se agravou porque houve demora no atendimento. As
Secretarias Estadual e Municipal de Saúde investigam o caso.
Segundo o irmão da vítima, Eliomar Cardoso da
Silva, há uma semana, eles procuravam atendimento nos Cais da cidade.
Entretanto, ele foi mandado embora duas vezes, até mesmo por falta de médico,
de acordo com o familiar. "A gente recebeu a oportunidade de levar ele até
o HDT [Hospital de Doenças Tropicais], só que teve um impasse burocrático entre
o Cais e o HDT. Nenhum dos dois queria receber meu irmão pelo estado que ele
estava, que era considerado gravíssimo", disse.
Amiga do jovem, Gisele Evangelista reclama que a
grande quantidade de casos revela o descaso da população e também do poder
público com a doença. "Dengue em Goiânia virou gripe, uma coisa
fútil", disse.
A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de
Goiânia informou que o rapaz recebeu atendimento assim que entrou
no Cais e que teve dificuldades em encontrar vaga em um hospital para transferir
o paciente. O órgão informa que ainda investiga a causa da morte do auxiliar de
cozinha.
Amostras já foram colhidas e encaminhadas para o
Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará (PA), conforme o órgão. O laudo que
definirá se a morte foi causada por dengue ou não e também qual o grau da
doença deve sair em 30 dias.
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