Em alerta para um surto de dengue em São Paulo, a prefeitura anunciou
na manhã de hoje (12) que irá intensificar a campanha de prevenção à doença,
com apoio da Defesa Civil. O trabalho
que até agora era feito apenas por funcionários da saúde, verificando nos bairros se há focos do mosquito transmissor (Aedes aegypti) e eventualmente utilizando o chamado fumacê, será
acompanhado por carros de som e agentes da
Defesa Civil.
"Estávamos com dificuldades para entrar na casa das pessoas e verificar se há focos do mosquito e se a população está se
comportando de maneira cautelosa, tampando caixas, baldes e tanques com água,
que é onde a doença se cria. Por isso, resolvemos gravar a mensagem de som
alertando para os riscos e como evitá-los, e vamos circular por toda a cidade,
mas sobretudo onde há maior incidência. Foi a maneira que encontramos de entrar
na casa das pessoas", afirmou o
prefeito Fernando Haddad.
A principal preocupação da prefeitura é que com a crise hídrica, que
tem se agravado e enfrenta a iminência da
oficialização de um racionamento, a população passe a estocar água de maneira
improvisada, sem a preocupação de
tampar os reservatórios. "Muitas pessoas estão comprando caixa
de água pela primeira vez. Precisamos conscientizar essas pessoas a fazer esse
estoque sem que isso traga prejuízos para a nossa saúde", acrescentou o prefeito.
Logo na primeira semana de fevereiro, a
Secretaria Municipal da Saúde divulgou
o balanço dos casos de dengue notificados na cidade entre os dias 4 e 24 de janeiro. No período, foram registrados 1.304 casos da doença, ante 495 em igual período de
2014. Nesse ritmo, quase três vezes mais intenso do que no ano
passado, a cidade terminaria o ano com 90 mil casos de dengue. Se a incidência chegar a 120 mil
pode ser considerada epidemia, segundo
parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com a Secretaria da Saúde, já é possível afirmar que a
tendência, com o alerta feito no
início do mês e com maior inserção das
campanhas preventivas, é verificar queda
no número de casos registrados em
relação ao balanço dos dias 4 a 24 e os dados
coletados nas últimas três semanas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário