quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

São Paulo: município intensifica campanha



Em alerta para um surto de dengue em São Paulo, a prefeitura anunciou na manhã de hoje (12) que irá intensificar a campanha de prevenção à doença, com apoio da Defesa Civil. O trabalho que até agora era feito apenas por funcionários da saúde, verificando nos bairros se há focos do mosquito transmissor (Aedes aegypti) e eventualmente utilizando o chamado fumacê, será acompanhado por carros de som e agentes da Defesa Civil.

"Estávamos com dificuldades para entrar na casa das pessoas e verificar se há focos do mosquito e se a população está se comportando de maneira cautelosa, tampando caixas, baldes e tanques com água, que é onde a doença se cria. Por isso, resolvemos gravar a mensagem de som alertando para os riscos e como evitá-los, e vamos circular por toda a cidade, mas sobretudo onde há maior incidência. Foi a maneira que encontramos de entrar na casa das pessoas", afirmou o prefeito Fernando Haddad.

A principal preocupação da prefeitura é que com a crise hídrica, que tem se agravado e enfrenta a iminência da oficialização de um racionamento, a população passe a estocar água de maneira improvisada, sem a preocupação de tampar os reservatórios.  "Muitas pessoas estão comprando caixa de água pela primeira vez. Precisamos conscientizar essas pessoas a fazer esse estoque sem que isso traga prejuízos para a nossa saúde", acrescentou o prefeito.

Logo na primeira semana de fevereiro, a Secretaria Municipal da Saúde divulgou o balanço dos casos de dengue notificados na cidade entre os dias 4 e 24 de janeiro. No período, foram registrados 1.304 casos da doença, ante 495 em igual período de 2014. Nesse ritmo, quase três vezes mais intenso do que no ano passado, a cidade terminaria o ano com 90 mil casos de dengue. Se a incidência chegar a 120 mil pode ser considerada epidemia, segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a Secretaria da Saúde, já é possível afirmar que a tendência, com o alerta feito no início do mês e com maior inserção das campanhas preventivas, é verificar queda no número de casos registrados em relação ao balanço dos dias 4 a 24 e os dados coletados nas últimas três semanas.

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