O número de casos da dengue no país já é quase o
dobro do ano passado. A maioria na Região Sudeste e 11 cidades de São Paulo já
vivem uma epidemia. Já são mais de 5,3 mil casos confirmados. Os agentes
intensificam o combate ao mosquito nos bairros onde há pessoas com suspeita ou
com a confirmação de dengue.
Os agentes da prefeitura batem de porta em porta no
bairro do Grajaú, Zona Sul de São Paulo. Na casa do seu Francisco parecia tudo
certinho: a água armazenada para os dias de torneira seca está coberta e os
ralos não tinham água parada, mas esses pratinhos de plantas ficaram na chuva
por três dias. Foi o suficiente.
Por causa da crise hídrica, muita gente colocou uma
caixa d’água a mais em casa, e os agentes também estão de olho nisso, porque
nem todas estão tampadas e podem virar criadouros. Algumas ainda ficam em cima
do telhado, um lugar difícil de subir para conferir se está tudo certo.
Os agentes entregaram uma redinha para cobrir o
reservatório, a mesma que eles colocaram em outra caixa d’água que estava com a
tampa furada.
O bairro foi escolhido para essa ação porque um
morador está com suspeita de dengue. “A área determinada é fixa em um raio de
200 metros a partir de um paciente suspeito de dengue. Se a gente tem um caso
confirmado de dengue, vem uma segunda equipe até o local, com os nebulizadores
costais, aquelas que parecem mochilas, jogando veneno para matar os mosquitos
adultos”, afirma o biólogo Samuel Paulo Guizze.
Na cidade de São Paulo, os casos de dengue
aumentaram este ano. Em janeiro, foram 220 confirmados, contra 81 no mesmo
período do ano passado. Em todo o estado já são 5,355 confirmações da doença.
No Brasil, os casos quase dobraram em relação ao
ano passado: já são 67 mil confirmações de dengue - mais da metade na Região
Sudeste. Depois vem o Centro-Oeste, o Nordeste e o Norte do país. Mas, segundo
o Ministério da Saúde, os casos graves e as mortes diminuíram.
O médico sanitarista lembra que é preciso ficar
atento aos sintomas: febre alta, dor no corpo, cansaço e vômitos, para tratar a
doença antes que ela se agrave. “Alguns poucos pacientes são mais graves,
precisam de tratamento de maior cuidado em UTI, mas com um tratamento simples,
hidratação, é possível evitar que casos se tornem mais graves e que venham a
óbito, eventualmente”, completa José Olímpio Moura de Albuquerque.
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