O número de casos de dengue nas quatro primeiras
semanas do ano aumentou 57,2% entre 2014 e 2015, saltando de 26.017 para 40.916
em todo o Brasil. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, coloca, entre os motivos
do aumento, a crise hídrica, que faz com que muitas pessoas estoquem água em
casa.
“É inquestionável que a crise hídrica e a seca
apresentam uma situação de risco maior para a proliferação do Aedes aegypti, na medida em que as
pessoas tendem a armazenar água sem proteção. Não há problema em fazer armazenamento,
mas qualquer processo de armazenamento de água deve respeitar a proteção, pois
a água limpa parada, mesmo que seja de chuva, de bica, vai aumentar o risco de
proliferação das larvas. O acondicionamento correto, tapar esses recipientes, é
fundamental”, avaliou o ministro.
Chioro disse que o governo vai fazer um estudo para
ver a relação entre a falta de água e o número de casos de dengue e vai alertar
para que a população guarde água com segurança. O ministro ressaltou que há uma
grande preocupação com a doença, pois o aumento aconteceu em período anterior
aos meses de maior incidência, que são março e abril.
Segundo Chioro, uma das situações mais preocupantes
é a do município de Cruzeiro do Sul, no Acre. A cidade, que tem cerca de 80 mil
habitantes, teve apenas sete casos em janeiro do ano passado, enquanto em
janeiro de 2015 teve 2.305 casos.
Com esta “explosão” da doença no Acre, o estado
ficou com a maior incidência, com 338,3 pessoas doentes para cada 100 mil
habitantes. Goiás veio em seguida com 97,9%, por 100 mil. Mato Grosso do Sul
ficou em terceiro, com 42,9%.
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