O infectologista Kleber Luz Proferiu palestra nesta
terça feira, no CCI (Centro de Convivência dos Idosos), para Agentes de Endemias, Saúde e do ESF, Enfermeiros, médicos e
interessados de Serra Caiada, e alertou para um alto risco de casos da Febre Chikungunya,
nova doença transmitida pelo mosquito do gênero Aedes – aegypti e
albopictus. O especialista afirmou que 2/3 da população vive em condições
vulneráveis, semelhantes às de áreas onde o vírus circula, e portanto têm
chances de contrair a nova febre.
O médico visitou a cidade mais próxima com registro da doença, o município de Feira de Santana (BA), onde vários casos já foram confirmados, segundo dados do Ministério da Saúde.
Na palestra, Kleber Luz explicou que, inicialmente,
a doença se assemelha à dengue e depois à rubéola. Porém, as fortes dores
articulares diferenciam os casos. “O ciclo de transmissão da doença é
mais rápido do que o da dengue. O paciente vai ser picado pelo Aedes e o vírus
vai para a corrente sanguínea. Da corrente, ele vai invadir as articulações. O
vírus induz uma forte reação inflamatória, que é responsável pela dor
articular. Além da dor o que mais acontece é o inchaço. Já na dengue o
vírus causa dor nos ossos e a febre é mais baixa”, disse ele.
A doença é semelhante à dengue, mas o manejo é diferente, e a letalidade é menor. “Em compensação é uma doença mais difícil. Na dengue, de sete a 15 dias você começa a se reestabelecer, na febre não: quanto maiores às dores, maior a chance de deformidades”, afirma.
Até o momento não existe tratamento específico, este se dá basicamente com o uso de analgésicos, hidratação e repouso. Ele afirma que a principal arma contra a doença é a prevenção. “A transmissão é feita pela picada do mosquito da dengue. Por isso, é tão importante que se faça efetivas ações de prevenção, evitando acúmulo de água e cobrindo reservatórios”, ressaltou.
A atenção redobrada nos sintomas foi a principal orientação dada pelo especialista, pois a doença afeta de maneira grave os pacientes que já possuírem outras enfermidades. Kleber Luz alerta que algumas pessoas terão a persistência das dores articulares e que esse é o maior fator incômodo, pois, afeta em sua maioria, a qualidade de vida.
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