A Secretaria Estadual de Saúde (SES) já notificou 16 casos de febre chikungunya, doença viral semelhante à dengue, em Goiás. Destes, dois diagnósticos foram confirmados. O governo teme uma possível epidemia da infecção.
“O que é esperado para a chikungunya neste período
de dois a três meses, só na capital goiana, é de mais de 300 mil casos. É uma
situação muito preocupante em decorrência da alta patogenicidade dessa doença,
alta taxa de ataque”, calcula o coordenador de controle de dengue e chikungunya
da SES, Murilo do Carmo Silva.
Para tentar conter um surto da doença, o órgão
elaborou um plano de contingência. De acordo com Murilo, o combate ao mosquito
Aedes aegypti, que transmite tanto o vírus da dengue quanto o do chikungunya,
precisa ser reforçado.
“Assim que finalizou o período chuvoso deste ano,
nós recolhemos todos os carros fumacês e fizemos a manutenção de todos eles.
Eles estão aptos para que possam diminuir a quantidade de Aedes aegypti, e com
isso tentar conter a dengue e chikungunya”, disse.
A chikungunya causa fortes dores de cabeça,
prostração, diarreia, vômitos, febre alta e dor nas articulações,
principalmente nos pés e nas mãos. Apesar dos sintomas semelhantes aos da
dengue, pessoas diagnosticadas com febre podem demorar meses para se recuperar.
Devido à similaridade dos sintomas entre as
enfermidades e por chikungunya se tratar de uma doença nova no estado, a
Secretaria de Saúde capacitou mais de mil profissionais para reconhecer a
infecção. Nesses casos, o tratamento é feito com paracetamol.
“Os países do Caribe que têm feito o tratamento com
estas pessoas têm utilizado paracetamol associado à codeína, é um pouco
diferente para pacientes com dengue, uma vez que pacientes com dengue, por se
tratar de uma hepatite viral, não pode fazer uso do parecetamol”, explicou o
coordenador de controle.
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