terça-feira, 25 de novembro de 2014

Alto Tietê em alerta com chikungunya e dengue



Mogi das Cruzes e o Alto Tietê podem vir a registrar casos da febre chikungunya. O alerta é do médico veterinário Jéfferson Renan de Araújo Leite do Núcleo de Controle e Prevenção à Dengue da Prefeitura de Mogi das Cruzes. "Nós temos condições para o registro da febre chikunguya sim, já que nós temos os dois mosquitos circulando na região", afirma.

Apesar da maior incidência da doença ser no estado da Bahia, São Paulo já registrou 23 casos, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Jéfferson explica que, antes mesmo da incidência do mosquito Aedes aegypti, a região já abrigava a espécie Aedes albopictus, outro mosquito transmissor da chikunguya que, diferentemente do Aedes aegypti, vive em áreas mais abertas. "Antes do Aedes aegypti, já se encontra em abundância o Aedes albopictus. Mas é só a fêmea que transmite a doença: elas precisam do sangue para amadurecer os óvulos".

A doença causa fortes dores de cabeça, prostração, diarreia, vômitos, febre alta e dor nas articulações, principalmente nos pés e nas mãos. Apesar dos sintomas semelhantes aos da dengue, pessoas diagnosticadas com febre podem demorar meses para se recuperar, sendo preciso, em casos mais graves, até mesmo sessões de fisioterapia para a reabilitação.

"Os trabalhos são os mesmos de controle da dengue: eliminação dos criadores e do transmissor. Quando chega uma notificação de dengue trabalhamos ao redor da casa do paciente para isolar e eliminar os focos", cita Jéfferson.

Se no verão era mais comum o aumento dos casos por conta da água parada proveniente das chuvas típicas da estação, Jéfferson atribui o aumento dos registros ainda mesmo no período de estiagem, por conta do armazenamento de água pela população com receio da falta de abastecimento.

"O aumento de casos é por conta do aumento da população de mosquitos na cidade. Mesmo com a seca, o que tem facilitado a incidência da doença é que muitas pessoas têm armazenado água em casa de forma irregular, e isso acaba se tornando um criadouro. A gente orienta que o armazenamento da água seja em recipientes bem vedados", explica.

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