As autoridades do Japão lutam para controlar
o primeiro surto de dengue no país desde 1945, após ser confirmado neste sábado
(6) que a doença se propagou para fora do parque Yoyogi, em Tóquio, onde foram
encontrados mosquitos portadores do vírus.
Até o momento, foram registrados 70 casos da
doença. Todas as outras pessoas contaminadas tinham visitado o parque Yoyogi ou
seus arredores no mês passado, por isso as autoridades acreditavam que poderiam
conter novos contágios com medidas como o fechamento do local e a fumigação de
zonas úmidas, onde se reproduzem os mosquitos tigre (Aedes albopictus), que transmitem
o vírus da dengue.
Embora as autoridades tenham pedido calma
desde o anúncio dos primeiros casos, no final de agosto, e afirmado que não há
perigo de uma epidemia, a preocupação vem aumentando conforme os novos casos
vão sendo registrados.
Além disso, foram instaladas placas de
advertência em Yoyogi e Shinjuku Chuo, nas quais se recomenda aos transeuntes
que utilizem roupas que cubram braços e pernas para se proteger das picadas de
mosquitos. Os lagos e canais de ambas as localidades continuam sendo
dedetizados.
Algumas das 70 pessoas contaminadas tiveram
que ser hospitalizados devido às fortes febres, intensas dores de cabeça e
outros sintomas, mas todos eles evoluem favoravelmente, segundo o porta-voz do
Ministério da Saúde.
O governo pede para que todas as pessoas com
febre ou mal-estar irem para um hospital para comprovar se estão com dengue.
No Japão, são registrados a cada ano 200
casos de cidadãos infectados com o vírus da dengue durante viagens ao exterior,
mas nos últimos 70 anos não tinha sido detectado nenhum contágio doméstico.
O primeiro caso desde então foi registrado em
27 de agosto e atingiu uma adolescente, que teria contraído o vírus através de
um mosquito que picou antes outra pessoa, que por sua vez teria contraído a
doença no exterior, segundo a hipótese do Instituto Nacional de Epidemiologia.
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