Apesar de intensas pesquisas na tentativa de
encontrar medicamentos e vacinas capazes de controlar o avanço da dengue, a
higiene e limpeza de casas, quintais e terrenos continua sendo a melhor forma
de evitar a doença, que, somente este ano, já matou três pessoas em Mato Grosso
do Sul. Especialistas defendem os estudos, mas são unânimes em afirmar que os
cuidados de cada cidadão é que, de fato, fazem a diferença.
Em visita a Campo Grande para uma palestra na
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), o professor Nuno Santos, da Faculdade
de Medicina da Universidade de Lisboa, falou de pesquisas em andamento que
podem, num futuro próximo, culminar em tratamentos específicos para dengue, com
uso de remédios e injeções. Mesmo em fase inicial, o especialista acredita que
será possível formular moléculas capazes de combater o vírus, ainda que este já
esteja instalado no corpo humano.
O professor destaca, ainda assim, que a forma
mais eficaz de combater a dengue e a proliferação do mosquito Aedes aegypti é a limpeza. “As campanhas
de prevenção, os cuidados diários, os serviços de saúde pública e evitar a
proliferação do mosquito ainda são a melhor forma de combater a doença”,
sustentou.
O médico infectologista e diretor da Fundação
Oswaldo Cruz em MS, Rivaldo Venâncio, também é da mesma opinião. O especialista
afirma que “o ideal é que não houvesse as condições ambientais que
possibilitassem a reprodução do mosquito, ou seja, resíduos nos quintais,
acúmulo de água parada. O ideal é que cada um cuide da sua casa”, afirmou. Ele
pondera, no entanto, que, “na falta desses cuidados, precisamos da vacina”.
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