Agentes do Centro de Controle de Zoonoses de Uberlândia
aproveitam a estiagem e o tempo seco para fazer recolhimento de pneus nas
borracharias da cidade. Toda semana, cinco equipes buscam os pneus nos 600
estabelecimentos cadastrados. Por dia, são cerca de mil pneus recolhidos, que
são levados para um ecoponto que fica no Distrito Industrial.
Os pneus ficam guardados até serem levados para a
reciclagem. Segundo o coordenador do Programa de Controle de Dengue, Paulo
César Ferreira, a preocupação com este tipo de material tem motivos. “Ele é o
melhor criadouro de dengue, porque tem todos os elementos necessários para uma
boa proliferação do vetor. Ele oferece uma boa camuflagem, além da temperatura
ser regulada, o que atrai o mosquito”, explicou.
De janeiro a agosto deste ano, foram registrados
5.734 casos suspeitos de dengue em Uberlândia. No mesmo período do ano passado,
foram 7.679, sendo uma redução de 33%. Mesmo na época de seca, o perigo
continua e qualquer chuva pode fazer eclodir os ovos do mosquito, que podem
sobreviver por mais de 400 dias.
“O mosquito percebe locais que podem ser viáveis
para reprodução, mesmo que não tenha água. É preciso que a população saiba como
o vetor prolifera para tomar os cuidados e remover os criadouros que estão a
céu aberto”, afirmou.
Para manter o Aedes
aegypti longe, os pneus que não são mais úteis são recolhidos por um
caminhão do Centro de Controle de Zoonoses. Júlio Cesar ainda comenta que se
não fosse este trabalho, o descarte seria mais complicado. “Eu ia jogar fora,
deixar de fora ou senão pagar para alguém tirar os pneus e jogar em um lixão”,
disse.
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