De janeiro a julho deste ano, o número de
casos de dengue no estado do Rio de Janeiro diminuiu 97% na comparação com
igual período de 2013. Até o dia 12 de julho, foram 6.035 casos suspeitos da
doença e cinco mortes. No ano anterior foram 212.231 casos e 39 mortes.
De acordo com a Secretaria de Estado de
Saúde, várias iniciativas - implantadas desde 2008, quando o estado registrou a
maior epidemia de dengue - levaram a essa queda. Também contribuíram para a
redução o período de seca prolongado e a imunização da população ao tipo de
vírus circulante. Em 2013 foram identificados os vírus 1, 3 e 4 e em 2014
circularam os tipo 1 e 4.
Um dos projetos implantados permite o
georreferenciamento, em tempo real, dos locais visitados pelos agentes
municipais de saúde, que preenchem os dados sobre os focos do mosquito em um smartphone. Outra iniciativa é o
prontuário eletrônico, que auxilia os profissionais das unidades de
Pronto-Atendimento (UPAs) no atendimento aos casos suspeitos de dengue, com a
inserção dos dados no sistema, que indica o melhor tratamento de acordo com os
sintomas.
Além disso, foi assinado convênio, no ano
passado, com o Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro e o governo da Alemanha, por meio do Bernhard Nocht Institute, para
pesquisar o mosquito Aedes aegypti e
impedir sua proliferação. O trabalho consiste na captura dos insetos para
análise e catalogação em laboratório, com separação por gênero e caracterização
viral. A ideia é criar modelos matemáticos para antecipar os riscos e auxiliar
os gestores e profissionais de saúde na tomada de decisão para prevenir surtos.
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