"Não vou deixar essa doença fazer parte da
minha família de novo", diz a dona de casa Elizabete Fátima Pinto, que há
dois anos recolhe lixo nas ruas, após ela, o marido e a filha contraírem
dengue, em Arcos, no Centro-Oeste do estado. A doença não causou nenhum óbito
na cidade este ano, segundo informações do levantamento do setor de
Epidemiologia da Secretaria de Saúde. Mas segundo a dona de casa, todo cuidado
é pouco. "Só quem teve essa doença sabe como ela é grave,", disse.
As andanças de Elizabete pelas ruas do Bairro São
Vicente e Novo Sion começaram em 2012, depois que a filha dela ficou acamada
por 15 dias, por causa da dengue. A atitude surpreendeu moradores da cidade
e também o marido, o aposentado de 76 anos, Juventino José Brito, que
hoje faz questão de acompanhar a esposa. “Ambientalista não é quem diz que o
rio está sujo, mas quem limpa o rio. A atitude deste casal é uma das mais
nobres. A ação deles é como se a cidade fizesse parte da casa deles. Quando vi
não resisti e tive que fotografar, para que assim outras pessoas possam se
sentir estimuladas a adotarem ações como esta”, disse o fotógrafo Nelson
Pereira, que registrou a imagem do casal recolhendo lixo no Bairro Novo Sion.
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