Esperto, articulado e muito falante, um robô
doutor em dengue, idealizado por um médico do Rio, visita escolas
conscientizando crianças sobre a doença. Programado para dialogar de forma
divertida, ele prende a atenção dos pequenos enquanto fala sobre sintomas,
transmissão e prevenção. No Estado do Rio, 5.672 casos suspeitos foram
registrados este ano.
São 20 minutos de palestra que mais parecem
brincadeira. Em seguida, o ‘brinquedo’ de 50 cm faz um ‘quiz’ para testar os
conhecimentos absorvidos. Quando os meninos dão as respostas corretas, o robô
bate palmas e sorri. Se erram, faz carinha de triste e reforça a lição. Ele
ainda pede às crianças que apontem, entre fotos de insetos, qual o mosquito que
transmite o vírus, o temido Aedes aegypti.
O sistema foi projetado pelo médico e presidente
da empresa Orange Life, Marco Collovati, criador do projeto ‘Robô Saúde’.
Envolvido há anos em causas que combinam tecnologia, responsabilidade social e
saúde, o italiano que vive no Rio busca conscientizar principalmente crianças
de comunidades. “Elas estão desprotegidas. Se tiverem o conhecimento básico,
poderão passar para as famílias.” Ele lembra que o robô não tem a intenção de
substituir o professor e, sim, servir como mais uma ferramenta.
A dengue foi escolhida para dar o pontapé
inicial no projeto, mas outras doenças serão abordadas, como tuberculose,
Chagas e hanseníase. O objetivo é tirar dúvidas sobre os males que, segundo o
especialista, acometem em maior proporção pessoas carentes, que vivem em áreas
em que o saneamento, a educação e a saúde são precários.
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