quarta-feira, 16 de julho de 2014

Rio: robô nas escolas para controle da dengue



Esperto, articulado e muito falante, um robô doutor em dengue, idealizado por um médico do Rio, visita escolas conscientizando crianças sobre a doença. Programado para dialogar de forma divertida, ele prende a atenção dos pequenos enquanto fala sobre sintomas, transmissão e prevenção. No Estado do Rio, 5.672 casos suspeitos foram registrados este ano.

São 20 minutos de palestra que mais parecem brincadeira. Em seguida, o ‘brinquedo’ de 50 cm faz um ‘quiz’ para testar os conhecimentos absorvidos. Quando os meninos dão as respostas corretas, o robô bate palmas e sorri. Se erram, faz carinha de triste e reforça a lição. Ele ainda pede às crianças que apontem, entre fotos de insetos, qual o mosquito que transmite o vírus, o temido Aedes aegypti.

O sistema foi projetado pelo médico e presidente da empresa Orange Life, Marco Collovati, criador do projeto ‘Robô Saúde’. Envolvido há anos em causas que combinam tecnologia, responsabilidade social e saúde, o italiano que vive no Rio busca conscientizar principalmente crianças de comunidades. “Elas estão desprotegidas. Se tiverem o conhecimento básico, poderão passar para as famílias.” Ele lembra que o robô não tem a intenção de substituir o professor e, sim, servir como mais uma ferramenta.

A dengue foi escolhida para dar o pontapé inicial no projeto, mas outras doenças serão abordadas, como tuberculose, Chagas e hanseníase. O objetivo é tirar dúvidas sobre os males que, segundo o especialista, acometem em maior proporção pessoas carentes, que vivem em áreas em que o saneamento, a educação e a saúde são precários.

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