O
paciente P.C.A.M., de 51 anos, morreu na noite da última sexta-feira (6), na
Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas, menos de 24 horas de depois de
receber diagnóstico de dengue hemorrágica na UBDS do Quintino Facci 2, na zona
Norte de Ribeirão Preto.
Apesar de o diagnóstico ter sido divulgado pelo
médico que atendeu o paciente, a Secretaria de Saúde afirma ainda não ser
possível apontar a causa do óbito. “Nenhuma hipótese pode ser descartada”, diz
nota oficial da Saúde.
Medeiros começou a procurar socorro médico no
posto de Saúde da rua Cuiabá, na segunda-feira. Ele teria recebido o
atendimento e sido liberado.
Na quarta, voltou a buscar atendimento, dessa
vez no Quintino Facci - onde era paciente assíduo. Chegou lá às 7h28, passou
novamente pelo médico e foi liberado.
No dia seguinte, com quadro piorado, retornou
ao posto logo cedo. Foi atendido às 9h29 e submetido a exames, e devido ao
estado delicado acabou permanecendo o dia todo na unidade. Mas, somente por
volta das 23h30, depois que o médico Manoel Britto Burgos assumiu o plantão,
houve a confirmação do diagnóstico de dengue hemorrágica e o pedido de remoção
para o HC.
“O paciente já havia sido atendido pelo
médico do plantão anterior. Assim que cheguei, vi que o exame indicava as
plaquetas baixas e decidi repeti-lo. Quando ficou pronto, por volta das 23h,
confirmei o diagnóstico de dengue. A evidência da forma hemorrágica estava no
sangramento gastrointestinal que o paciente apresentava”, afirma o médico.
Ao perceber a complicação do quadro de
Medeiros, Burgos afirma que já solicitou ao setor de regulação uma vaga para
internação.
Burgos afirma que o óbito do paciente não
significa que houve alguma, falha no atendimento médico. “Às vezes o paciente
tem alguma comorbidade (doença crônica), que pode ser um complicador da doença,
e não informa o médico. Talvez no primeiro atendimento ele apresentasse apenas
sintomas da dengue clássica, que depois evoluiu para a forma hemorrágica”,
explicou.
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